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junho 2004
Ed. 45

Carta do leitor

ANO XI
N. 45
junho 2004
CARTA AO LEITOR: ANO XI N.45 junho 2004

Após 11 anos de existência, a revista Morashá está sendo distribuída a 30 mil lares, no Brasil e no exterior. A cada nova edição, o grande desafio do Conselho editorial é compor suas páginas com matérias que sejam do interesse da maioria dos leitores. Vejamos este número.

Às vésperas de mais uma Olimpíada, desta vez em Atenas, trazemos a história dos judeus da cidade milenar onde nasceram os jogos olímpicos. Sua retrospectiva, além dos ouro, prata e bronze, traz também momentos negros, como os acontecimentos que marcaram a Olimpíada de Berlim, em 1936, em pleno nazismo, e a de Munique, em 1972, quando 11 atletas israelenses foram mortos por terroristas.

O jornalista Jaime Spitzcovsky escreve sobre os judeus do Azerbaijão. Conhecidos como "os judeus da montanha", são um exemplo de resistência cultural e religiosa, tendo mantido, praticamente intactas, as tradições judaicas, apesar das décadas de ateísmo forçado e opressão soviética.

Na esfera das personalidades, escolhemos para esta edição dois grandes destaques: um laico e outro religioso; uma personalidade moderna e outra da época do Segundo Grande Templo, cada um marcando nossa história de forma diferente.

O primeiro é Theodor Herzl, fundador do sionismo político. Aproveitando o centenário de sua morte, em julho de 2004, trazemos uma matéria sobre sua vida, do punho do jornalista e escritor, Zevi Ghivelder. Apesar de muitos acreditarem ao contrário, há evidências históricas de que Herzl possuía um caráter religioso bem mais forte do que geralmente se divulga. Entre outros, comprovam-no suas palavras: "Sionismo significa nosso retorno ao judaísmo antes mesmo de retornarmos ao solo pátrio, à Terra Judaica".

O segundo destaque é Rabi Akiva, grande sábio e herói judeu, que, para evitar que seu povo pudesse, algum dia, esquecer-se da Torá Oral, iniciou um importante trabalho de classificar cada um de seus preceitos e ensinamentos. Ao assim proceder, o sábio, homem de grande visão, assegurava a sobrevivência do judaísmo.

A ênfase judaica sobre a memória religiosa e histórica é compreensível, já que sem esta todos os povos estariam fadados a viver apenas do presente. Sem memória, dificilmente um povo constituiria um "povo". E se isto é uma verdade quando se trata de um povo que coabita uma determinada região, muito mais verdadeiro é se aplicado ao nosso, o povo judeu, que, ao longo de grande parte de sua história, esteve espalhado pelo mundo.

Cabe a pergunta: se nós, judeus, mundo afora, não tivéssemos consciência de uma fé, uma história e uma tradição comuns a nos unir, teríamos conseguido manter-nos vivos, sentindo que somos parte de um único povo? Seria este o grande segredo da sobrevivência da Nação Judaica através dos séculos ?

O judaísmo dá muita ênfase à lembrança, pois que esta consolida a identidade coletiva de um povo. É esta unidade o que, para os jovens, constitui o alicerce de sua identidade - e esta identidade os vincula, com elos inquebrantáveis, à grande corrente de nosso povo.

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Da yeshivá à alta tecnologia

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ESTÉE LAUDER, a rainha dos cosméticos

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Holocausto em atenas

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Kidush levaná

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Munique, 1972

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Os judeus da montanha, de moscou a pequim

Durante os quatro anos em que vivi em Moscou, freqüentei a sinagoga da rua Arkhipova, no coração da capital russa. Certa feita, numa cerimônia de Rosh Hashaná, identifiquei um grupo que me chamou a atenção por seus traços físicos e ...

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Tiberíades

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