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abril 2017
Ed. 95

Carta do leitor

ANO XXIV
N. 95
abril 2017
CARTA AO LEITOR: ANO XXIV N.95 abril 2017

A festa de Pessach celebra a passagem da escravidão  à liberdade, vivência que levou à formação do Povo  de Israel. Antes de se constituírem em uma nação,  com o recebimento da Torá no Monte Sinai, os judeus eram uma enorme família que viveu no Egito durante 210 anos.

A Torá nos conta que José, filho de nosso patriarca Jacob, tornou-se vice-rei do Egito, salvando esse povo da inanição. Como demonstração de gratidão, o Faraó convidou sua família – Jacob e seus filhos e netos – a viver nesse país. Contudo, após o falecimento de Jacob e de seus filhos, um novo Faraó ascendeu ao trono egípcio. Apesar do papel de José em salvar o Egito e da contribuição dos judeus ao país, esse Faraó passou a perseguir os Filhos de Israel.

Inicialmente, os judeus tiveram de trabalhar gratuitamente para o Egito. Logo, o trabalho se tornou obrigatório e desumano, até que se tornaram escravos. Mas D’us interviu para salvá-los e a saga dos judeus no Egito termina com um final feliz. Após anos de escuridão, houve luz para os Filhos de Israel.  A escravidão deu lugar à liberdade e um povo que havia sido humilhado e pisoteado se tornou “um reino de sacerdotes e uma nação sagrada”.   

Os temas de Pessach são atuais e relevantes. Após o Holocausto, esperava-se que o mundo estivesse curado da mais antiga e perniciosa forma de preconceito – o antissemitismo. Esperava-se que os horrores do nazismo tivessem ensinado uma lição à humanidade. Mas infelizmente, o antissemitismo nunca desapareceu no Ocidente e ganhou nova vida no Oriente Médio. Desde o início do século 21, ressurgiu no Ocidente, especialmente na Europa. No início, ocultava-se por trás de desculpas semânticas: a maioria dos antissemitas alegavam ser “antissionistas”; afirmavam não se opor aos judeus, e sim, ao Estado de Israel. Mas nos últimos anos, os antissemitas sequer tentam se ocultar. Os judeus da Europa foram vítima de perseguição e violência.  Na França, o antissemitismo se tornou um fenômeno  tão grave que muitos judeus decidiram emigrar do país.  Hoje, veem-se manifestações de antissemitismo mesmo em alguns países da América Latina. E, nos últimos meses, a comunidade judaica norte-americana tem sido alvo de uma preocupante onda antissemita: cemitérios judaicos estão sendo vandalizados e centros judaicos sofrem ameaças de bomba.

Assim como o Faraó, muitos líderes e organizações políticas se esquecem de “José” – dos judeus que tanto contribuem para o país onde vivem. As mesmas acusações feitas contra os judeus do Egito Antigo estão sendo feitas hoje por certos grupos. Eles se referem aos judeus da mesma forma como o fazia o rei egípcio.

A História nos ensina que os judeus são frequentemente os primeiros a serem perseguidos, mas não os últimos: cedo ou tarde, o ódio e o preconceito atingem o resto da sociedade. Nos mesmos países ocidentais onde há o ressurgimento do antissemitismo, há também campanhas de ódio e difamação contra estrangeiros, latino-americanos, muçulmanos, negros e outras minorias.

É importante ressaltar, porém, que apesar de presenciarmos o fortalecimento desse fenômeno vil, vivemos em uma geração privilegiada. Hoje, existe o Estado de Israel – um país forte, e não apenas militarmente. Na Diáspora, há comunidades judaicas sólidas e bem organizadas, que não tolerarão ataques contra judeus ou contra outras minorias.  

Os temas do Seder de Pessach, que estamos às vésperas  de celebrar, continuam a reverberar na História. A luta entre o bem e o mal, a luz e a escuridão, continua até os dias de hoje.

Pessach é a festa da liberdade. Constitui uma festa judaica, mas é fonte de inspiração para milhões de pessoas ao redor do mundo. Que D’us nos abençoe, assim como a  toda a humanidade, para que possamos viver em um mundo onde não mais se conheça nenhum tipo de ódio  e preconceito.

Chag Pessach Casher ve-Sameach!

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