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Dezembro 2023
Ed. 121

Carta do leitor

ANO XXX
N. 121
Dezembro 2023
CARTA AO LEITOR: ANO XXX N.121 Dezembro 2023

Em 7 de outubro deste ano, Shabat Simchat Torá, uma catástrofe se abateu sobre o Povo Judeu, marcando o ataque mais mortal e cruel contra nosso povo desde o Holocausto. Registrou-se o maior número de judeus assassinados, em um único dia, desde o final da 2ª Guerra Mundial. Terroristas da Faixa de Gaza invadiram o território israelense, matando mais de 1.400 pessoas, ferindo mais de 3.800, predominantemente civis, e sequestrando mais de 238 indivíduos. Entre eles, mulheres, crianças, idosos, paramédicos, bombeiros e forças de segurança. Entre as vítimas estavam três jovens brasileiros, além de inúmeras vítimas de outros 42 países. Esses ataques figuram entre os atos mais hediondos de violência contra seres humanos, na história. Os terroristas receberam ordem de atacar qualquer um que atravessasse seu caminho: bebês, crianças, mulheres, homens, idosos, pessoas com deficiências físicas e mentais. Mataram, decapitaram, mutilaram, queimaram, estupraram. As imagens têm abalado o mundo civilizado.

Fundado há 75 anos, o Estado de Israel é a culminação da aspiração de dois mil anos do Povo Judeu de retornar à sua terra ancestral, a Terra de Israel. E uma das principais motivações por trás da criação do Estado foi garantir que uma tragédia como essa jamais voltasse a acontecer. Nunca mais!

O Estado Judeu tem enfrentado guerras e lutado contra o terrorismo. Mas nada se compara à crueldade desumana deste 7 de outubro. Diferentemente da Guerra de Yom Kipur, 50 anos antes, um conflito entre forças armadas, desta vez Israel foi vítima de crimes contra a humanidade, evocando dolorosas memórias de atrocidades perpetradas no Holocausto. Foram atos de terror, de um sadismo e crueldade comparáveis aos atos nazistas. Crueldade e barbárie sem precedentes.

No entanto, por mais intensa e profunda que seja nossa dor e indignação, a realidade dos judeus, hoje, é incomparavelmente mais favorável do que antes da fundação do Estado. Como bem observou Yoav Gallant, atual ministro da Defesa de Israel, “2023 não é 1943”. E, diferentemente do que ocorreu em guerras anteriores, a existência do Estado Judeu não está em xeque.

Um motivo recorrente em nossa História, a começar pela perda das Dez Tribos de Israel, foi que a cisão entre nós precede a calamidade. No último ano, observamos divisões sem precedente na sociedade israelense, até mesmo nas Forças de Defesa de Israel. Além disso, nos últimos anos, vários judeus da Diáspora, influenciados por narrativas contrárias a Israel, se distanciaram de sua pátria ancestral.

O Povo Judeu e Israel pareciam divididos e enfraquecidos. Os inimigos de Israel abertamente se regozijavam. Mas erraram ao julgar o caráter de Am Israel, nosso Povo.

Israel sofreu uma violenta agressão, mas continua de pé. E após essa profunda tragédia, vê-se um sentimento de solidariedade e união nacional quase palpáveis. O país rapidamente se uniu demonstrando o mesmo espírito visto nas guerras anteriores e em outras difíceis situações. Os reservistas rapidamente responderam às convocações, muitos prontamente voltando do exterior para defender a Pátria.

Os que tiveram suas casas destruídas ou precisaram evacuar áreas sob ataque de foguetes, calculados em mais de 250 mil, encontraram portas e corações abertos para os abrigar. E prontamente se formaram grupos voluntários provendo alimentos, roupas e brinquedos para as famílias deslocadas das áreas de confronto.  Além disso, a Diáspora inteira e quase todos os países do mundo livre têm prestado seu apoio a Israel.

Não sabemos que desafios nos esperam. No momento em que fechamos esta edição da Morashá, ninguém pode prever o curso que esta guerra tomará. Tampouco podemos entender o aumento do antissemitismo na Diáspora e as inúmeras manifestações a favor do Hamas, grupo terrorista que declara em seus estatutos querer nos destruir.

Mas uma coisa, sim, sabemos: continuaremos unidos e fortes, e unidos e fortes enfrentaremos o futuro. E, juntos, venceremos.

Em breve, ao acendermos as velas de Chanucá, lembremo-nos das palavras do Grão-Rabino Jonathan Sacks: “Não estamos sozinhos. D’us nos segura pela mão, protegendo-nos, levantando-nos ao cairmos, perdoando-nos ao errarmos, curando os ferimentos em nossa alma com o poder de Seu amor”.

Am Israel Chai! Chanucá Sameach!

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