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19 Nisan 5784 | 27 abril 2024

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Abril 2024
Ed. 122

Carta do leitor

ANO XXX
N. 122
Abril 2024
CARTA AO LEITOR: ANO XXX N.122 Abril 2024

Centrado na leitura da Hagadá, que narra a história do Êxodo do Egito, o Seder de Pessach comemora a transformação dos Filhos de Israel em uma nação e aborda temas de conteúdo atemporal para os judeus. Entre esses pontos, está o antissemitismo, fenômeno tão antigo quanto nosso próprio povo. Um momento comovente durante o Seder ocorre quando todos os participantes erguem as taças de vinho e recitam solenemente: “Não foi apenas um inimigo a se levantar contra nós para nos destruir; mas, em cada geração, levantam-se contra nós para nos destruir. E o Santo, Bendito seja Ele, nos salva de suas mãos.”. De fato, desde o tempo de nosso primeiro Patriarca, Avraham, há quase 4.000 anos, nossos antepassados enfrentaram, em todas as épocas, inimigos que visavam destruir nosso povo.

No dia 7 de outubro de 2023, Shabat Simchat Torá, acordamos com a notícia horrorizante do que viria a ser o dia mais letal e trágico para os judeus desde o Holocausto. Terroristas da Faixa de Gaza invadiram Israel e assassinaram aproximadamente 1.200 pessoas, em sua maioria, civis. Perpetraram atrocidades que, em seu nível de brutalidade e sadismo, em certos aspectos, superaram aquelas cometidas pelos nazistas. Também sequestraram 253 pessoas, incluindo mulheres, crianças, um bebê e idosos, entre eles sobreviventes do Holocausto.

Além de representar o maior assassinato de judeus desde a Shoá, o terrível massacre de 7 de outubro desencadeou um surto de antissemitismo em escala global, algo não visto desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Mesmo antes da resposta militar destinada a resgatar os reféns e combater o grupo terrorista responsável pela selvageria, que prometeu repetir o ato até aniquilar o Estado Judeu e seus habitantes, já haviam surgido, ao redor do mundo, nos EUA inclusive, inúmeras críticas a Israel, bem como “justificativas” para os assassinatos e atrocidades contra civis do país. Assustadoramente, observou-se apoio às organizações terroristas de Gaza, que, além de muito conhecidas pela opressão de seu próprio povo, usam uma ideologia desumana para tentar legitimar o estupro de mulheres e o massacre de bebês, em detrimento de Israel. Essa atitude ressalta a normalização do antissemitismo sob a fachada de discurso político.

Acreditávamos que, após os horrores do Holocausto, haveria não só uma conscientização generalizada sobre a profundidade do mal que o ser humano é capaz de praticar, mas também um compromisso coletivo de impedir que tais atrocidades voltassem a ocorrer. Pensávamos que essa evolução asseguraria que, ao menos durante nossa vida e na das futuras gerações, esse ódio ancestral permaneceria relegado à margem. Infelizmente, estávamos enganados. Tornou-se claro, de maneira dolorosa, que o antissemitismo só estava adormecido. Fez-se evidente que a humanidade não aprendeu as lições que o Holocausto lhe deveria ter ensinado.

Para o Povo Judeu, nunca houve, desde o fim da 2ª Guerra Mundial, um período tão preocupante, marcado por um antissemitismo tão flagrante e disseminado. Para o Estado de Israel, nunca houve, desde sua fundação, uma época em que sua existência, hoje ameaçada, tenha sido tão necessária.

Dedicamos esta edição da Morashá aos temas relacionados aos trágicos acontecimentos de 7 de outubro, bem como suas repercussões e significados. Nosso objetivo não é nos aprofundarmos em debates políticos ou controvérsias, mas sim apresentar aos nossos leitores, independentemente de sua nacionalidade ou religião, conteúdo factual e minucioso de forma a lhes proporcionar conhecimentos que permitam não só distinguir a verdade da mentira, mas também identificar tanto o antissemitismo quanto o antissionismo, conceitos que, na prática, são sinônimos.

As reações aos acontecimentos de 7 de outubro desvendaram inequivocamente o antissemitismo intrínseco ao antissionismo. Judeus sofreram ataques na Europa e até mesmo nos EUA, antes considerados um refúgio para eles fora de seu lar nacional. Aqueles que dissimulavam sua hostilidade a nós não mais ocultam seus reais sentimentos. Essa revelação cristalina demonstra o vínculo fatal e inseparável entre a oposição ao Estado de Israel e o ódio ao Povo Judeu.

Ano após ano, geração após geração, a festa de Pessach permanece como um testemunho de nossa resiliência coletiva e espírito indomável. Ressalta, de maneira enfática, a crença de que D’us sempre apoiará o Seu Povo, os Filhos de Israel. Os recentes acontecimentos revelaram um sentimento muito forte de união e altruísmo entre nosso povo. Ao longo de nossa História, já enfrentamos e superamos muitos obstáculos e tragédias. Venceremos estes, também.

Chag Sameach

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Suplmento 122

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