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abril 2016
Ed. 91

Carta do leitor

ANO XXIII
N. 91
abril 2016
CARTA AO LEITOR: ANO XXIII N.91 abril 2016

O sétimo dia de Pessach – o último dia da festa em Israel (na Diáspora, comemora-se um oitavo dia) – celebra o milagre da abertura do Mar de Juncos. A história de como D’us abriu o Mar, permitindo que os judeus o atravessassem, e depois o fechou, afogando os egípcios, é universalmente conhecida. A abertura do Mar foi, possivelmente, um milagre até maior do que as Dez Pragas. Certamente foi mais significativo, pois representou a derrota absoluta do Egito. Foi somente após o episódio no Mar de Juncos que o Povo Judeu finalmente se libertou de seus opressores.  

Nossos Sábios fazem a seguinte pergunta: por que as Dez Pragas não foram o suficiente para garantir a liberdade do Povo Judeu? De fato, por que foi necessário o episódio da abertura do Mar, que ocorreu sete dias após a saída do Egito? Os egípcios já não haviam sido derrotados?  A religião idólatra egípcia já não havia sido desmentida? O Egito já não havia sido subjugado por D’us?

No dia 15 do mês hebraico de Nissan, primeiro dia de Pessach, o Faraó implorou a Moshé e Aharon que retirassem o Povo Judeu do Egito o mais rápido possível. Após a décima e última praga – a da morte dos primogênitos – o Faraó e todo o Egito se encontravam em estado de pânico. Acreditavam que se não liberassem os judeus de imediato, todo o Egito seria destruído. Contudo, logo após libertar os judeus, o Faraó muda de ideia e envia suas forças armadas para capturá-los e trazê-los de volta.  Foi essa tentativa de recapturar os judeus que levou ao milagre do Mar de Juncos. Assim, a libertação do Povo Judeu ocorreu em duas etapas: primeiro, as Dez Pragas, que resultaram no Êxodo, em 15 de Nissan, e segundo, a abertura do Mar, que ocorreu uma semana mais tarde – no sétimo dia de Pessach.

Os livros místicos explicam por que as Dez Pragas não foram o suficiente para garantir a liberdade do Povo Judeu. A Cabalá explica que há duas formas de escravidão e, portanto, duas etapas na busca humana pela liberdade.

A primeira forma de escravidão é aquela imposta por algum fator externo. Muitas pessoas se encontram em circunstâncias em que prefeririam não estar. Algumas são obrigadas a viver onde não gostam, outros trabalham em um ramo que não lhes interessa. Já outras são obrigadas a lidar com pessoas com quem prefeririam não ter contato. Há inúmeros exemplos de problemas e obstáculos que advêm de fontes externas. Mas há também uma outra forma de escravidão – sútil, mas não menos prejudicial. É a interna. É a escravidão que se manifesta por meio de maus hábitos, vícios e características negativas que limitam o potencial do ser humano e, consequentemente, sua felicidade.

Muitas pessoas acreditam que seriam verdadeiramente livres se conseguissem se livrar das formas externas de escravidão. Elas imaginam que se as Dez Pragas eliminassem os Faraós de sua vida, tornar-se-iam livres e felizes: poderiam finalmente deixar seu Egito pessoal. Mas muitas dessas pessoas se surpreendem ao descobrir que mesmo após deixarem seu Egito pessoal – após superarem suas limitações externamente impostas –, o Faraó continua a persegui-las. Esse Faraó é a forma interna de escravidão: é o Faraó que levávamos conosco mesmo após deixarmos o Egito. Para sermos verdadeiramente livres, precisamos não apenas libertar-nos de dificuldades e limitações externas, mas também das internas. Para que isso ocorra, é necessário partir o Mar de Juncos que existe dentro de nós e penetrar nas profundezas de quem verdadeiramente somos e revelar o que há de melhor em nossa alma. Essa lição vale tanto para indivíduos como para o Povo Judeu como um todo. Como um grande Sábio judeu ensinou: é mais fácil tirar os judeus do Egito do que o Egito dos judeus. 

Pessach é a festa da liberdade. Que este tema e a santidade da festa ajudem cada um de nós a se libertar de todas as limitações – tanto externas como internas.

Pessach Sameach a todos!

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