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março 2015
Ed. 87

Carta do leitor

ANO XXII
N. 87
março 2015
CARTA AO LEITOR: ANO XXII N.87 março 2015

A festa de Pessach celebra a liberdade do Povo Judeu da escravidão egípcia. A Hagadá que lemos durante o Seder narra a história da Nação Judaica: a ida de nossos antepassados para o Egito, a escravidão e o sofrimento a que foram submetidos e os milagres realizados por D’us para libertá-los.

A Torá conta que os judeus foram para o Egito porque José, um dos 12 filhos de Jacob, fora nomeado Vice-Rei, pelo Faraó. José não apenas evitou que milhões de pessoas morressem de inanição, mas fez do Egito uma superpotência.

No Egito, a família de José – seu pai Jacob, seus irmãos e suas famílias – trabalharam, fundaram escolas e centros de estudo, se multiplicaram, formando, assim, o núcleo do Povo Judeu. Fizeram enormes contribuições ao país e, ao mesmo tempo, mantiveram-se fiéis à sua religião e tradições.

Entretanto a situação dos descendentes de Jacob no Egito mudou após a morte de José. A Torá conta que um novo Faraó subiu ao poder e que este se recusava a reconhecer aquele que salvara seu país. E, ao invés de demonstrar gratidão a seus descendentes, passou a persegui-los e escravizá-los. Teria sido realizada uma “Solução Final” no Egito se D’us não tivesse enviado Moshé para libertar Seu Povo e o levar à Terra de Israel.

A história narrada no Seder de Pessach tem-se repetido inúmeras vezes ao longo da história judaica. Durante dois milênios, nosso povo foi obrigado a viver fora de sua Terra. Desprovidos de sua pátria, os judeus se estabeleceram em outros países, onde trabalharam muito e construíram comunidades. Onde quer que estivessem, contribuíram para os países que os haviam recebido. Contudo, cedo ou tarde, subia ao poder um líder que passava a persegui-los, expulsá-los e, em alguns casos, a exterminá-los.

Hoje, passados apenas 70 anos desde a libertação do campo de extermínio nazista de Auschwitz, vemos o antissemitismo recrudescer especialmente na Europa. Recentemente, a comunidade judaica da França – uma das maiores do mundo – foi alvo de mais um ataque terrorista. É tão respeitável a contribuição judaica à França, que seu Primeiro-Ministro, Manuel Valls, declarou: “A França, sem os judeus franceses, não seria a França”. Não obstante, a realidade é que os judeus da França e de muitos outros países já não se sentem seguros...

O crescimento do antissemitismo no mundo é motivo de alarme para a humanidade. O Holocausto é uma fonte de trágicos ensinamentos não apenas para nosso povo, mas para todos os homens: ensina que os judeus são os primeiros, mas não os últimos e nem os únicos alvos do mal. Cedo ou tarde, o mal se volta contra toda a humanidade. Vinte anos atrás, Israel era o alvo central do terrorismo. Hoje, o mundo inteiro vive sob sua ameaça.

Ao longo de sua história, o Brasil atraiu judeus de todo o mundo, entre eles, os da Síria e do Líbano. O Brasil é a antítese do Egito de Faraó e de outros países que perseguiram suas minorias. Essa é uma das grandes virtudes desta Terra. No Brasil, o antissemitismo, a perseguição contra minorias e o terrorismo são praticamente inexistentes. A política de braços abertos deste País é o que o fortalece, pois a pluralidade de culturas e tradições enriquece e enobrece uma nação.
Na década de 1960, judeus sírio-libaneses, que recém se estabeleciam em São Paulo, fundaram a Congregação Sefardi Paulista, e, 50 anos atrás, inauguraram sua primeira sinagoga em terras brasileiras: a Beit Yaacov da Rua Bela Cintra. A revista Morashá dedica esta edição à comemoração deste marco.

Dentro de poucos dias vamos celebrar Pessach, festa judaica cujas mensagens são universais. Ensinam-nos que devemos sempre fortalecer o bem e lutar contra o mal, que a liberdade sempre prevalecerá sobre a tirania e que a tolerância e a pluralidade fortalecem um Povo e sua Terra.

Que essas mensagens reverberem no coração do Brasil e que as congregações judaico-brasileiras continuem fortalecendo o judaísmo brasileiro e o Brasil, como um todo.

Um Pessach Kasher V´Sameach!

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