Cartas
Gostaria de agradecer pelo carinho e atenção dispensados a mim e ao CBAMI na reportagem sobre o Médico do Ano , publicada no morasha.com, com conteúdo claro e apropriado. Esta oportunidade de divulgação é muito importante para nós e para Israel, principalmente em um momento crítico como o atual.
Dr. Felipe Wainer
Presidente do Capítulo Brasileiro
da Associação Médica de Israel
São Paulo, SP
Recebo a revista Morashá faz algum tempo. Ela é o retrato da cultura judaica no País e nas demais comunidades espalhadas pelos cinco continentes. Os artigos, reportagens e editoriais são claros. Resido em Pelotas (RS), onde já houve um número relativo de judeus, o que não ocorre atualmente como resultado da migração para os centros maiores. Os asquenazitas e sefaraditas celebram as Grandes Festas em conjunto. Todavia, aos poucos, a comunidade vem sofrendo a perda dos mais idosos e a juventude judaica tem procurado centros como Porto Alegre para as comemorações. Mesmo assim, em Pelotas, dentro do possível, as tradições e a cultura estão sendo mantidas no Centro da Sociedade Israelita, principalmente nas festas. Em Pessach é tradicionalmente realizado um seder coletivo. O Centro Israelita mantém também um cemitério.
Jairo Halpern
Pelotas, RS
Gostaria de cumprimentar a equipe de Morashá pela beleza da publicação. Li a edição de dezembro 2002, que é um verdadeiro primor de informações e conhecimentos a verdadeira Morashá. Que a boa luz de Chanucá ilumine as páginas da revista.
Família Decol
por e-mail
Sou professora de Cultura Judaica na ETH Escola Theodor Herzl, em Belo Horizonte (MG), tradutora e intérprete de hebraico e, atualmente, também escritora. Foi com muita satisfação que enviei o meu livro como um presente pelo prazer e conforto que recebo através da leitura da revistaMorashá. Prazer pela parte estética, o mesmo cuidado e carinho que tentei reproduzir em meu livro; e conforto em saber, como morá, que nossas raízes e nossa identidade estão aí, bem ao alcance de nossas mãos e de nossos corações.
Grace Zicker Guz
Belo Horizonte, MG
A seleção do conteúdo, a qualidade dos artigos e a excelência gráfica fazem da Morashá um motivo de atração permanente para aqueles que a conhecem. Através de seus textos, difunde cultura, religião e tradições judaicas.
Jonas Gleizer
Rio de Janeiro, RJ
O artigo sobre a Meguilat Esther, publicado na edição de dezembro de 2002 da Morashá, foi muito importante para mim, pois eu precisava de algumas informações justamente sobre este tema para incluir em meu segundo livro. Sempre é uma satisfação ler a revista que tão criteriosamente nos fornece o que há de melhor sobre a nossa história.
Selma Rosenzweig Szkurnik
Rio de Janeiro, RJ
Há um ano e meio, aproximadamente, recebi o meu primeiro exemplar da revista Morashá. Confesso que acreditei que seria mais uma publicação comunitária, mas era uma revista completa, de extremo bom gosto, com importantes informações culturais da nossa história e curiosidades judaicas. Enfim, uma publicação que sempre me enriquece e na qual sempre me orgulho de pesquisar, mostrar aos amigos e familiares.
Denys Sznejder
Piedade, PE
Toda vez que recebemos a revista Morashá nos encantamos com seu conteúdo e beleza gráfica. A seleção do material toca fundo nossos corações. Na edição de dezembro de 2002 ficamos especialmente comovidos com a história do compositor e pianista Wladislav Szpilman e com o filme O pianista, dirigido pelo grande cineasta judeu polonês, Roman Polanski
Paulina Lates Eizirik
Porto Alegre, RS
Conheci a revista Morashá através de um vizinho que costuma recebê-la assiduamente. Em relação à matéria sobre o Grande Templo do Rio de Janeiro, gostaria de acrescentar que o primeiro casamento ali realizado foi o dos meus pais, já falecidos, Abrahão e Zina Serebrenic. Gostei, também, de outras matérias, como a sobre culinária judaica, o conto de Purim que me lembrou minha infância a vida no gueto, dentre outras.
Eduardo Serebrenic
Rio de Janeiro, RJ
A revista Morashá é uma obra de arte. Desde a capa, que é extraordinariamente bela, a qualidade gráfica e a diversidade dos assuntos judaicos. É o melhor exemplo de herança espiritual e cultural. Parabéns a toda a equipe da publicação pelos artigos sobre a história dos judeus, sobre a história de Israel e também pelas reportagens sobre as comunidades judaicas ao redor do mundo, que revelam profundos conhecimentos da vida judaica no passado e no presente. É um orgulho, para as comunidades do Brasil, possuir uma revista desta qualidade e nível. É com muita emoção que sempre leio a Morashá e guardarei os exemplares com muito carinho.
Yenia Kelson
Rio de Janeiro, RJ
Gostaríamos de agradecer a publicação na edição 39, de dezembro de 2002, da revista Morashá, da reportagem intitu-lada Grande Templo Israelita 70 anos de história. Ao expressar nossos cumprimentos pela qualidade do trabalho jorna-lístico, cumpre-nos ressaltar o reconhecimento e o respeito que nutrimos pela direção e colaboradores da revista, cujo conteúdo constitui um dos mais valiosos registros de temática judaica em língua portuguesa.
Ruy Flaks Schneider
Presidente do Grande
Templo Israelita do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, RJ
Agradeço o envio da edição 39 de Morashá, cujo principal destaque, em minha opinião, foi a carta do Prêmio Nobel Elie Wiesel, que faz uma conclamação contra o preconceito a judeus e a Israel. Lamento por toda a Humanidade que ainda tem pensamentos e adota ações anti-semitas, fato que nos mostra o quanto temos que ser fortes mais uma vez na nossa história para reverter este tão lamentável quadro.
A .Montefiori
por e-mail
Carta publicada na Morashá 37
Gostaria muito de receber a revista Morashá, da qual era leitor assíduo quando morava em São Paulo. Atualmente, vivo em Itajaí e sou o único judeu desta pequena cidade.
Moshe Gerson
Itajaí - SC
Resposta
Através da seção de Cartas da revista Morashá, edição 37, tomei conhecimento da missiva do sr. Moshe Gerson em Itajaí, dizendo ser o único judeu da cidade. Gostaria de contar com a ajuda da publicação para contatá-lo e informar-lhe que há outros judeus vivendo em Itajaí, os quais ele não conhece. Gostaria que ele soubesse que nos reunimos todas às sextas-feiras para comemorar o Shabat e, durante as festas, costumamos ir à sina-goga do Chabad em Curitiba, onde nos juntamos a outras famílias vindas de Camboriú e de Joinville.
Dardo Prusak
Itajaí - SC
Resposta
Foi com alegria que recebi o endereço do sr. Moshe Gerson. E gostaria de compartilhar com vocês uma história que aconteceu em Itajaí, quando cheguei à cidade e acreditava ser o único judeu da área. Na época, pedi ao Criador que me desse a oportunidade de passar Pessach em companhia de outros judeus... Tínhamos então uma pessoa que trabalhava em casa e, um dia, ao ver o retrato do Rebe Lubavitch em minha sala, disse-nos que conhecia um homem em Itajaí que tinha um igual em seu lar. Imediatamente procurei esta pessoa e, após um encontro, acabamos passando Pessach em Curitiba, em uma sinagoga do Chabad, como fazíamos quando vivíamos em Buenos Aires. Desde então, passamos juntos quase todos os Shabatot, na minha casa, onde fazemos a Tefilá. Aquele primeiro encontro foi milagroso, como também deverá ser o encontro com Moshe Gerson, que já freqüentava o Chabad em São Paulo. Em breve, poderemos ter um minian. Acredito que a revista Morashá será, neste próximo encontro, um instrumento de D’us para que em um lugar tão pouco propício ao judaísmo, mais um filho de Israel se integre aos seis que já se conhecem. Mais três, e o milagre do minian será uma realidade.
Dardo Prusak
Itajaí, SC
Resposta
Venho agradecer pelo empenho. Na semana passada apareceram três patrícios em minha casa. Ficaram sabendo de minha pessoa através da revista. Já combinamos que passaremos todos juntos o próximo Shabat.
Moshe Gerson
Itajaí - SC
Entre todos estes ancestrais há também uma brasileira nascida em
Recife, que pertenceu ao enclave holandês formado naquela cidade durante o século XVII.
Os judeus holandeses eram em sua maioria, naquele período, cristãos-novos ibéricos ou seus filhos, que fugiram dos rigores da Inquisição, para desfrutar a relativa tolerância religiosa dos Países Baixos. Quando os holandeses ocuparam Pernambuco, muitos judeus aproveitaram a oportunidade para voltar ao mundo ibérico. Eles permaneceram no Brasil até a expulsão dos ocupantes holandeses. Nestes anos, desenvolveram atividades comerciais e, como era natural, religiosas também. Interagiram com cristãos-novos locais, estabeleceram sinagogas, trouxeram rabinos.
Um destes rabinos, Isaac Aboab da Fonseca, nascido como cristão-novo em Castro Daire, Portugal, é considerado o primeiro rabino do hemisfério ocidental. Ele pertencia a uma velha dinastia rabínica espanhola e que na expulsão dos judeus da Espanha optou por Portugal, país no qual seus descendentes tiveram que se converter ao catolicismo em 1497, e onde nasceu Simão da Fonseca, que alteraria seu nome quando foi para a Holanda integrando-se ao judaísmo. Isaac Aboab casou-se e teve filhos e, destes, netos e netas, descendência que chegou até os nossos dias.
Levantando a genealogia dos primeiros judeus que chegaram aos EUA, o rabino Malcolm H. Stern encontrou a pernambucana Rachel, de quem ele não conseguiu identificar os pais, mas, que baseado em outras evidências, atribuiu-lhe o sobrenome Aboab, entroncando-a na família do primeiro rabino brasileiro. Ainda não temos muitos elementos sobre esta matriarca brasileira. Sabe-se apenas que ela se casou com Moses Cohen, filho de Diogo Mendes Peixoto. O filho do casal, Josuah Cohen Peixoto, nasceu em Caiena, em 1663, mas foi casar-se em Amsterdã com Ester de Jacob Cohen Peixoto, originária de Bordeaux. O casal teve um filho, Daniel Cohen Peixoto, que saiu de Amsterdã para Curaçao. Sua esposa, Grcia de Abraham Campos Pereira, pertencia também a famílias portuguesas. A filha de ambos, Leah Cohen Peixoto, casou-se o curaçaense Samuel Levy Maduro Peixoto, em 1765, e tiveram Moses Levy Maduro Peixoto, que se casou com Judith de Samuel Lopes Salzedo. Eles tiveram Daniel Levy Maduro Peixoto, e este se casou com Rachel Mendes Seixas, de uma família que chegou aos EUA em 1730, vinda de Portugal, onde tinham vivido como cristãos-novos quase dois séculos e meio.
Daniel Levy Maduro Peixoto (1767-1828), foi um médico importante em New York, e de seu casamento com Rachel Mendes Seixas teve dois filhos. Um deles, Judith Salzedo Peixoto, casou-se com David Holis Hays, e tiveram Rachel Peixoto Hays, em 1861. Ela rompeu com a tradição de casamentos entre judeus portuguses (Portogeese Joden) e casou-se com o judeu ale- mão Cyrus Lindauer Sulzberger. O filho deste casal, Arthur Hays Sulzberger, casou-se com Iphigene Bertha Ochs, filha e herdeira de Adolph Simon Ochs, cria-dor do The New York Times. Ele sucedeu ao sogro na direção do jornal, que repassou o cargo ao filho Arthur Ochs Sulzberger, atual presidente do grupo.
Assim, quase oculta na genealogia de uma família da aristocracia judaica norte-americana, onde encontramos rabinos importantes, comerciantes e médicos, empresários e editores do mais conhecido jornal mundial, encontramos também uma pernambucana quase anônima, a recifense Rachel, como a matriarca de todos.
(Fonte: Stern, Malcolm H., First American Jewish Families, 600 Genealogies, 1654-1988, Baltimore, 1991)
Paulo Valadares
Historiador, Sociedade Genealógica Judaica do Brasil - São Paulo, SP