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abril 2018
Ed. 99

Carta do leitor

ANO XXV
N. 99
abril 2018
CARTA AO LEITOR: ANO XXV N.99 abril 2018

O Estado de Israel completará 70 anos de existência, este ano, em Yom Ha’Atzmaut, Dia da Independência. Por um lado, o Estado Judeu é um país muito jovem.

Por outro, o vínculo entre o Povo Judeu e a Terra de Israel é muito antigo: judeus vivem ininterruptamente na Terra de Israel há mais de 4000 anos. Desde a queda da antiga Israel até a fundação do Estado renascido, a Terra Santa nunca se tornou um estado independente e Jerusalém nunca foi considerada a capital de nenhum outro país. Assim como nosso povo sempre sonhou em voltar à sua antiga pátria e capital, a Terra de Israel e Jerusalém esperaram ansiosamente o retorno de seus filhos. Esse sonho se tornou realidade há 70 anos.

A geração que sofreu a maior catástrofe na história judaica – o assassinato de sete milhões de judeus, foi também a que testemunhou a realização de um sonho
de 2000 anos: o retorno do Povo Judeu à Terra de Israel e a Jerusalém.

A breve história do Estado de Israel é extraordinária – quase inacreditável. Somos um povo que se reergueu das cinzas de Auschwitz para retornar à sua antiga pátria e lá construir um país moderno, forte e vibrante.

David Ben-Gurion, fundador do Estado de Israel, afirmou que “Em Israel, para ser realista, é necessário acreditar em milagres”. É um milagre que um país desprovido de recursos naturais e que teve de lutar tantas guerras e conflitos conseguisse absorver milhões de imigrantes – a maioria deles, refugiados – enquanto construía um estado próspero e democrático.

Mas o Estado de Israel é muito mais do que uma superpotência militar e um país inovador e vibrante. É, também, o lar eterno e o sonho coletivo de todo um povo.

Além de ser a pátria eterna do Povo Judeu, a Terra de Israel está entrelaçada com a alma coletiva de seus filhos. Há dois mil anos, todos os dias, sem exceção, oramos pelo retorno de nosso povo à Terra de Israel e à Jerusalém. Há dois mil anos concluímos todo Seder de Pessach com as palavras, “Ano que vem, em Jerusalém”. Nossa convicção de que retornaríamos ao nosso lar eterno e à “mais bela das cidades” manteve-nos vivos durante uma longa e dolorosa diáspora. Foi também esse anseio que deu aos judeus a coragem para lutar e perseverar apesar de todos os sofrimentos aos quais fomos submetidos, mantendo nosso povo de pé até mesmo nos campos de extermínio.

O profeta Zacarias declarou: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: idosos e idosas voltarão a sentar-se nas ruas de Jerusalém... e as ruas da cidade estarão cheias de meninos e meninas brincando” (Zacarias 8:4-5).

Com a fundação do Estado de Israel, cumpriu-se essa profecia. Hoje, judeus de todas as idades vivem em Jerusalém e falam a mesma língua que falavam os Profetas. O retorno do Povo Judeu a sua Terra ancestral é prova de que as profecias bíblicas, cedo ou tarde, realizam-se.

A fundação do Estado de Israel é, portanto, significativa não apenas para o Povo Judeu, mas para toda a humanidade, pois constitui o início de um processo que levará à Era Messiânica – a tão sonhada utopia – o dia em que haverá paz não apenas em Jerusalém, mas em todo o mundo. Quando chegar esse dia, a humanidade não mais conhecerá guerras ou conflitos: não haverá nenhum tipo de sofrimento ou pobreza, e a morte será apagada do mundo.

Em poucas semanas, o jovem Estado de Israel celebrará seu 70º aniversário. No judaísmo, o número sete e todos os seus múltiplos são altamente significativos.
O número sete indica o fim de um ciclo e o início de outro. Simboliza, também, a paz. Nossa esperança é que um novo ciclo se inicie em Israel e se espalhe por todo o mundo: uma era de paz e segurança para todos os seus habitantes.

Chag Pessach Sameach!

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