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Ed. 113

Carta do leitor

ANO XXIX
N. 113
dezembro 2021
CARTA AO LEITOR: ANO XXIX N.113 dezembro 2021

O principal mandamento da festa de Chanucá é o acendimento da Chanuquiá, que lembra o milagre do azeite da Menorá – o candelabro de sete braços que era aceso diariamente no Templo de Jerusalém. No entanto, há diferenças marcantes entre a Chanuquiá e a Menorá.

A mais evidente delas é que a Menorá tinha sete braços, enquanto a Chanuquiá é constituída por oito. Outra diferença é que a Menorá ficava em um santuário onde apenas os Cohanim podiam entrar. A Chanuquiá, por outro lado, deve ser acesa dentro do lar, em um local que permita que sua luz seja vista pelo público, na rua.

O Lubavitcher Rebbe, Rabi Menachem M. Schneerson, explica que há um grande significado nessas diferenças. O fato de a Menorá ter sete braços não é coincidência.

O número sete representa a ordem natural do mundo, da forma como esta ordem se reflete nos sete dias da Criação, os sete dias da semana. Cada dia representa uma das sete formas de energia Divina que constituem e sustentam o universo.

Já o número oito simboliza o que está além ou acima do mundo – um passo além da Natureza. Na história de Chanucá, o óleo queimou milagrosamente por oito dias – um sinal Divino de que a vitória dos Macabeus sobre os gregos havia sido milagrosa.  

A Menorá no Templo representava a Luz Divina, que existe independentemente do envolvimento humano. Por ser um lugar de santidade e religiosidade reveladas, as sete luzes da Menorá eram suficientes para iluminar o Templo, bem como o mundo ao seu redor. Esse é um dos motivos pelos quais a Menorá se localizava em uma câmara sagrada, acessível apenas aos Cohanim.

As luzes da Chanuquiá, por outro lado, comemoram um milagre e têm como propósito transmitir uma mensagem divina aos seres humanos. Por isso, devem ser compartilhadas mundo afora. Hoje, em nossos dias, uma escuridão espiritual tomou conta do mundo, portanto, temos que nos elevar além das limitações da Natureza para poder iluminar a escuridão que nos cerca. As oito luzes de nossas Chanuquiot, ardendo noite adentro, transformam o mundo em um lugar sagrado, repleto de luz.

A história do Povo Judeu é repleta de milagres. Por que motivo nossos Sábios teriam instituído uma festa para lembrar o fenômeno sobrenatural do azeite? A resposta é que o milagre do azeite simbolizou a vitória dos Macabeus. Foi “uma vitória dos poucos contra os muitos” – dos militarmente fracos contra os poderosos. Os Macabeus não possuíam força bélica expressiva nem armamentos e sequer eram numerosos, mas tinham a dupla porção do espírito judaico que anseia por liberdade, pela qual sempre está pronto para lutar. 

Mas a razão mais profunda que levou nossos Sábios a instituir uma festa judaica para celebrar o fenômeno do azeite é que o que ocorreu em Chanucá simbolizou o maior milagre de todos: a continuidade do nosso povo. As luzes de Chanucá representam a luz do Judaísmo que, ao longo dos milênios, recusou-se a se deixar apagar. O milagre do azeite nos ensina que quando as trevas ameaçam extinguir a luz do Povo de Israel, sempre restará uma fonte de luz que sobreviverá e que, por sua vez, gerará mais luz. Enganaram-se todos aqueles que se levantaram contra nós e acreditaram nos ter derrotado. Nosso povo continua forte, enquanto os que quiseram nos eliminar nada mais são que páginas da História. Podemos não ter mais o Templo Sagrado de Jerusalém, mas temos dezenas de milhares de mini-Templos em todo o mundo – nossas sinagogas. Podemos não ter mais a Menorá do Templo Sagrado, mas centenas de milhares de Chanuquiot são acesas durante os oito dias de Chanucá, em todo o mundo.

Como disse o Grão Rabino Jonathan Sacks ZT”L, as luzes da Chanuquiá servem para nos lembrar que o Judaísmo tem sido a ner tamid, a luz perene da humanidade – a Luz incessante que nenhuma potência no mundo consegue extinguir. Em Chanucá, acendemos as luzes da Chanuquiá não apenas para comemorar um milagre ocorrido há mais de dois mil anos, mas também para celebrar o maior dos milagres, que ocorre a cada geração – nossa existência contínua como nação. Por meio das luzes de Chanucá, agradecemos a D’us pelo milagre de pertencermos a um povo eterno.

Assim como os Macabeus que, inspirados por nossa fé, puderam mudar o mundo, nós, também, podemos lutar para melhorar este nosso mundo.

Chag Chanucá Sameach!

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