Cabalista, escritor e filósofo, poeta e dramaturgo, o Ramchal, revolucionou o pensamento judaico. Suas obras contam-se entre os mais profundos e respeitados estudos de Torá. Homem de múltiplos talentos, cuja mente prodigiosa alcançava o que outros de sua geração não conseguiam perceber, resolveu compartilhar sua sabedoria na Cabalá com seu povo - e, ao fazê-lo, sacudiu o mundo judaico.

Rabi Moshé Chaim Luzzatto, filho do também Rabino Yaacov Chai e Diamante, nasceu no ano de 1707, em Pádua, Itália. Trezentos anos antes de seu nascimento, seus antepassados deixaram a Bavária, estabelecendo-se na Itália. Primeiro foram à Veneza; depois, em 1405, um ramo da família Luzzatto transferiu-se para Pádua. Era uma cidade não tão rica quanto a "Sereníssima", mas abrigava famosa universidade - motivo pelo qual atraía os intelectuais judeus.

Desde muito cedo, o Ramchal, sigla de seu nome - Rabi Moshe Chaim Luzatto, foi visto como criança-prodígio. Diz-se que ele "desconhecia o significado da palavra esquecimento". Tinha grande cabedal de conhecimentos nas ciências e na literatura e dedicava-se, quase integralmente, ao estudo da Torá. Aos 14 anos de idade, já sabia de cor todo o Talmud e o Midrash, bem como os principais trabalhos sobre a Cabalá. Orientavam-no grandes Mestres, entre os quais o Rabi Yeshava Bassan, líder da comunidade de Pádua, e Rabi Yitzhak Lampronti, autor do Pachad Yitzhak, a primeira grande enciclopédia talmúdica compilada. Estudou, também, com o Rabi Moshé Zacuto, um dos maiores cabalistas de sua geração.

Aos 16 anos de idade, o Ramchal já começava a escrever o que iriam ser milhares de páginas sobre assuntos rabínicos, ética, teatro, poesia e, sobretudo, a Cabalá. Um ano depois, escrevia seu primeiro livro. A fama de seus conhecimentos logo transpôs a Itália. Rabi Luzzatto era um poeta que, apesar de poliglota, somente compunha em hebraico. Mais de 40 de seus poemas sobreviveram ao tempo. Versam, na maioria, sobre assuntos da Torá e alguns contêm profundos ensinamentos cabalísticos. Apesar de, à época, não terem sido publicados como coleção, percorreram toda a Itália, servindo de inspiração às mais diversas platéias judaicas. Percebendo que o entretenimento também servia de consolo espiritual, o Ramchal se dedicou a escrever peças de teatro que transmitiam as verdades contidas na Torá. A mais famosa dessas obras, Migdal Oz (Torre da Força), escrita como alegoria, fundamentava-se em ensinamentos cabalísticos.

Embates com a liderança judaica

O Ramchal nasceu pouco depois do grande débâcle sobre Shabetai Zvi. Esse pseudo-cabalista dividiu o mundo judeu, convencendo a muitos de que era o Messias. Quando confrontado com a pena de morte, o falso messias converteu-se ao islamismo, estraçalhando os anseios de tantos de que a Redenção era iminente e lançando o mundo judaico em profunda consternação.

Foi quando a liderança judaica decidiu jamais permitir que voltassem a ocorrer incidentes semelhantes. Proibiram o ensino público da Cabalá, uma vez que Shabetai Zvi a utilizara para promover suas idéias. Entre a liderança rabínica da comunidade asquenazita, era grande a oposição à disseminação de seu estudo, até que surgiu o Chassidismo. Contudo, entre os judeus sefarditas e italianos, o estudo da Cabalá se tinha tornado tão arraigado que era, praticamente, parte tradicional dos estudos judaicos e o Ramchal teve a rara oportunidade de estudar Cabalá com os eruditos que a tinham recebido "em linha direta" de Rabi Isaac Luria, o Arizal.

Desde que Moshé recebera a Torá no Monte Sinai, os segredos cabalísticos apenas eram transmitidos aos homens mais sábios de cada geração, que somente podiam ter acesso à profundeza dos segredos da Criação e aos poderes que lhe eram inerentes após inúmeros anos de estudo e de total cumprimento dos mandamentos da Torá. E, era-lhes vedado transmitir seus conhecimentos às massas. Com o correr do tempo, porém, um número cada vez maior de judeus buscavam avidamente acesso à profundidade de sabedoria contida na Cabalá.

O Ramchal era um visionário e percebeu que o povo judeu necessitaria da Cabalá para sustentá-lo através dos difíceis tempos que estavam por vir. Em Pádua, começou reunindo um círculo limitado para estudar o misticismo judaico.Chamavam a esse grupo de "Sagrada Sociedade"; seus integrantes estudavam o Zohar, Livro do Esplendor, texto que fundamenta a Cabalá. Era determinação do Ramchal, que sempre, sob qualquer circunstância, noite e dia, ao menos um dos membros do grupo estivesse estudando a Torá.

Sabe-se que, ao longo da história judaica, houve homens de nível espiritual muito elevado que recebiam instruções de emissários Celestiais. Em meados do ano de 1727, o Ramchal recebeu a visita de um maguid - anjo portador de mensagens Divinas. Em uma carta a seu mestre, o Ramchal revelou que o profeta Eliahu também lhe aparecera para desvendar certos mistérios. Contava, nessa missiva, que o maguid lhe ordenara criar a "Sagrada Sociedade" e que Eliahu Ha-Navi lhe dissera que sua alma se originara na do Rabi Yehudá Ha-Nassi, conhecido como "o Rebi", compilador da Mishná. O Ramchal mal completara 20 anos quando isso aconteceu. Raramente se encontra, na história judaica, alguém de tão pouca idade que recebesse a visita de um emissário Celestial ou do profeta Eliahu.

Seus conflitos com o Rabinato da época começaram quando este acontecimento se tornou público. Yekutiel Gordon, filho de um rabino de Vilna, na Lituânia, e membro da "Sagrada Sociedade", foi quem escreveu acerca do grupo de estudos e do fato de que seu mestre vivenciara a visita de um enviado de D'us. Tal carta chegou às mãos do rabino de Hamburgo-Altona, na Alemanha, que, temendo que aquilo fosse o prenúncio do surgimento de um novo Shabetai Zvi, enviou cópia da carta de Yekutiel ao Rabinato de Veneza, conclamando-o a banir a "sociedade" fundada por Luzzatto.

O ponto principal da discussão era sua alegação de ter recebido a visita de um maguid. Alguns rabinos talvez duvidassem disso, uma vez que somente os grandes tzadikim, os grandes Justos, mereciam tal distinção. Tampouco ajudou o Ramchal o fato de ter, à época, apenas 23 anos e ainda ser solteiro, pois segundo a tradição judaica, o estudo da Cabalá somente era permitido a homens casados, maduros, com 40 anos de idade, no mínimo.

Os rabinos de Veneza contataram o mestre de Rabi Luzzatto, Rabi Bassan, pedindo-lhe que intercedesse junto ao discípulo. Ele o fez; no entanto, as respostas o convenceram, de pleno. A liderança religiosa veneziana, no entanto, a quem o Ramchal qualificara como "destituída de percepção", sustentou sua campanha contra ele, não se convencendo com o testemunho de Rabi Bassan de serem impecáveis as atividades do discípulo querido.

Toda a Europa judaica começou a tomar partido. Se, por um lado, o Ramchal era amado e admirado por muitos, havia, por outro, aqueles que temiam que fosse causador de igual dano ao que já lhes provocara Shabetai Zvi. A liderança judaica da Polônia, a maior comunidade do mundo, posicionou-se ao lado dos rabinos alemães, ferrenhamente opostos às idéias e atividades do Ramchal. Este não teve alternativa a não ser empreender sua própria defesa. Em uma troca de correspondência com os oponentes, sustentou suas alegações e confirmou a veracidade do teor da missiva de Yekutiel.

Rabi Bassan viajou a Pádua em busca de uma solução para intensa discórdia. Pressionou o aluno para que se casasse, argumentando que o casamento fortaleceria sua posição. Sem dúvida, o fato de Rabi Luzzatto ensinar a Cabalá ainda solteiro, constituía forte munição em mãos dos que lhe eram contrários. Arranjado por Rabi Bassan, em 1731 o Rabi Moshé Luzzatto desposa Tzipora, filha do Rabino David Finzi. Logo foram abençoados com descendentes. Muitos, inclusive ele próprio, atribuíam grande significado ao fato de seu nome ser Moshé e o da esposa, Tzipora: pois que Moshé Rabenu, líder de sua geração e de todo um povo, e grande mestre em Torá, também tivera uma Tzipora por esposa.

"Coração Sábio" e "O Caminho de D'us"

O casamento trouxe, em grande medida, paz e estabilidade ao Ramchal. Tentou apaziguar seus oponentes, assinando um documento no qual concordava com as restrições que lhe impunham quanto a continuar a escrever livros sobre Cabalá, "guiado por um maguid" e a utilizá-la para fins práticos, enquanto vivesse na Diáspora.

Nos quatro anos seguintes escreveu assiduamente, produzindo cerca de 40 livros e monografias. O tema central de sua obra era a exposição dos fundamentos do judaísmo no tocante à crença e à sua prática. Dois de seus trabalhos clássicos - "Coração Sábio" (Daat Tevunot) e "O Caminho de D'us" (Derech Hashem) - exploram idéias complexas e profundas acerca do judaísmo, mas em linguagem simples e clara, ao alcance de qualquer um de nós.

No "Coração Sábio", publicado em Pádua em 1734, o Ramchal descreve a visão e os pontos de vista do pensamento judaico; contudo, foi na obra "O Caminho de D'us" que ele organiza e elucida os princípios básicos da fé judaica.

Rabi Luzzatto foi amplamente criticado pela publicação de ambas as obras. O argumento era que alguém tão jovem não deveria tratar de assuntos de tão amplo e profundo escopo e responsabilidade. A despeito da oposição, "O Caminho de D'us" ganha, de pronto, popularidade mundial, que perdura até nossos dias. Constitui, de fato, um tesouro para leigos e eruditos - sejam eles grandes rabinos ou aqueles que se iniciam no estudo do judaísmo, sedentos de conhecer seus fundamentos.

Exílio em Amsterdã

Apesar da acirrada oposição, o Ramchal continuou a disseminar os ensinamentos da Cabalá ao escrever uma de suas obras místicas mais famosas: Choker u-Mekubal, (em tradução livre do hebraico, "Pesquisador e Cabalista"). Esta nova empreitada foi recebida como provocação pelos rabinos de Veneza. O Ramchal os forçava a responder ao eterno problema: a Cabalá podia ou não ser publicamente ensinada, como defendia, ou devia continuar prerrogativa de uns poucos, estudada apenas através das grandes obras que haviam formado o seu pensamento, no passado.

Quando se soube, em Veneza, que o trabalho Choker u-Mekubal estava prestes a ser publicado, o Rabinato exigiu que o Ramchal cessasse de vez o ensino da Cabalá, mesmo a seus próprios discípulos, e que não publicasse trabalho algum sem a permissão dos grãos-rabinos venezianos. O Rabi Luzzatto, que cumpria o acordo firmado em 1730, recusou-se a acordar com aquelas imposições, ainda mais duras e limitantes.

Não havia o que detivesse o Ramchal, pois acreditava estar com a razão e julgava que se conseguisse divulgar os segredos da Torá entre os judeus, poderia criar um novo patamar de integridade para a humanidade, uma conscientização de tal magnitude sobre D'us que evento algum jamais poderia afetar, por mais doloroso ou terrível que fosse. Tinha plena certeza de que o povo judeu necessitava da Cabalá como blindagem espiritual para protegê-lo dos desafios físicos e espirituais que o aguardavam, no porvir.

No ano de 1730, surge outro incidente que causaria um aprofundamento do embate entre o Ramchal e seus oponentes: Yekutiel Gordon, escrevendo em segredo ao Rabi Solomon Zalmand, de Veneza, relatou que Rabi Moshé Chaim Luzzatto compusera um Livro dos Salmos totalmente novo, que também continha 150 deles. Dizia que o Ramchal estaria alegando que seus Salmos seriam cantados na hora da Redenção Messiânica, quando os Salmos de David não mais seriam necessários.

Quando o Rabi Solomon Zalman revelou o teor daquela missiva a seus colegas, estes rotularam o Ramchal de "herege", pela ousadia de ter a pretensão de que seus escritos pudessem tomar o lugar dos Salmos de David. Rabi Luzzatto foi acusado de apresentar sua obra para confundir o povo, como se a Redenção estivesse iminente e seus escritos devessem ser aceitos como a verdadeira Torá.

No 5º dia do mês hebraico de Cheshvan do ano de 5496 (1736), publicou-se um édito de excomunhão contra todos os livros do Ramchal, poupando, no entanto, a sua pessoa. Mas, naquele momento, ele já deixara a Itália. Dois anos antes, em 23 de Cheshvan de 1734, o Ramchal e sua família tinham partido para Amsterdã.

"O Caminho dos Justos"

Foi recebido com grande entusiasmo pelos judeus da cidade, pois, para estes, era uma glória poder contar, entre eles, com um sábio que, aos 29 anos de idade, era a figura mais proeminente no mundo judaico.

Em Amsterdã, o Rabi Luzzatto montou uma oficina de lapidação de pedras. E continuou a escrever, publicando, em 1740, o trabalho pelo qual é mais amplamente conhecido: "O Caminho dos Justos". Nesta obra, o Ramchal analisa o processo através do qual o ser humano pode se aproximar de D'us mediante a disciplina ética. Messilat Yesharim, título no original, prontamente alcança fama mundial. Jamais se vira nada que se assemelhasse e todos o queriam estudar. A obra é, atualmente, estudada em quase todas as ieshivot, sendo considerado o melhor livro de todos os tempos sobre como o ser humano pode tornar-se mais espiritualizado. O Rabi Yisrael Salanter, fundador do movimento Mussar - que enfatiza o comportamento ético e adequado aos homens - assim se manifestou: "Todas as obras clássicas sobre Mussar demonstram que o homem deve temer a D'us. O Caminho dos Justos' nos ensina como fazê-lo".

Como fizera em Pádua, também em Amsterdã o Ramchal formou seu pequeno círculo de discípulos. Estes se encarregavam de transmitir seus ensinamentos a outros. O mestre pouco ensinava da Cabalá, mas sua principal obra sobre o tema, "Portões da Sabedoria" (Kalach Pit'Chei Chochmá), que fora publicada e banida em Pádua, era estudada em Amsterdã.

Sua Aliá

Não se sabe, ao certo, o que teria levado o Ramchal a deixar Amsterdã, indo para a Terra de Israel, mas podemos imaginar. A Terra Santa era o destino almejado por aqueles que buscavam perpetuar seus ensinamentos sobre a Torá - lá, o lugar o mais próximo dos Céus, através de onde a Divindade é canalizada para o mundo terreno.

Na época em que se mudou para Eretz Israel, tinha 36 anos. A Terra Santa exibia os resultados de séculos de negligência: o alimento era extremamente escasso e a doença pairava no ar. Em maio de 1746, o Ramchal e sua família caem presa de uma epidemia que assolou o país. Ele faleceu em 26 de Iyar, com meros 39 anos de idade.

Rabi Moshé Chaim Luzzatto foi enterrado em Tiberíades, próximo a Rabi Akiva, o maior de todos os mestres do Talmud. Seu túmulo se localiza em uma colina que dá para o lago Kineret - chamado de Mar da Galiléia pelos cristãos.

A Europa recebeu a notícia de sua morte através de uma proclamação distribuída pelos rabinos de Tiberíades, que dizia: "Feliz é a sua sina, neste mundo e no Mundo Vindouro, mas nosso é o infortúnio, pois que a Coroa se foi de nossa cabeça".

O legado do Ramchal

Dizem os trabalhos cabalísticos que os Justos têm mais presença e influência, neste mundo, após seu falecimento, pois não mais estão limitados pela matéria. De fato, a influência do Ramchal, em grande medida por seus escritos, cresceu de modo descomunal após sua morte física. Ademais, aqueles que tinham sido seus discípulos, em Pádua e Amsterdã, espalharam-se por toda a Europa, compartindo seus conhecimentos e as lembranças pessoais que dele guardavam. Em especial Yekutiel Gordon, que fez da disseminação, a mais ampla possível, das idéias de seu grande mestre, a sua missão nesta vida.

É incontestável que o Ramchal foi um dos mais brilhantes pensadores e escritores da história judaica. A profundeza de seu pensamento e mente analítica é evidenciada em suas obras. "O Caminho de D'us" talvez seja a mais sistemática exposição dos fundamentos do judaísmo. "O Caminho dos Justos" é, manifestamente, a obra mais popular, de todos os tempos, sobre a ética judaica. Rabi Moshé Chaim Luzzatto foi, ademais, proclamado pai da Moderna Literatura Hebraica.

Parece ironia que ele, que causou tanta polêmica e enfrentou tanta oposição em vida, tenha sido, após a morte, reverenciado por todos os segmentos do mundo judeu. A admiração pelo Ramchal e o estudo de sua obra foram partilhados, com igual intensidade, por sefaradim e asquenazim, por Chassidim e por seus oponentes, os Mitnagdim.

Ao fundar o Chassidismo, o Baal Shem Tov começa a ensinar a Cabalá às massas judaicas. Conta-se que ele declarou que o Ramchal tinha sido a manifestação do Mashiach ben Yosef - o Messias que irá preceder e anunciar a vinda do Mashiach ben David. Dizia-se, também, que tinha sido uma reencarnação da alma de Maimônides, o único que o superou como autor sobre judaísmo - que teria vindo a este mundo para completar a missão de escrever mais obras e disseminar, ainda mais, a sabedoria da Torá. O sucessor do Baal Shem Tov, o Maguid de Mezeritch, costumava estudar os "Portões da Sabedoria", de Luzzatto, antes de dar aulas em público sobre Chassidut. Ficamos imaginando o quanto devem os Chassidim à coragem e sabedoria do Ramchal, pois sua trajetória foi semeada em conseqüência da convulsão que causou no mundo judaico...

Também os Mitnagdim reverenciaram o Rabi Moshé Chaim Luzzatto. Estudavam a fundo suas obras sobre ética, calcando toda a sua vida em seus princípios. O Gaon de Vilna, líder não oficial desse movimento - considerado ele próprio um dos maiores eruditos em Torá - declarou que Rabi Luzzatto tinha a mais profunda compreensão do judaísmo que um ser humano podia alcançar. E que, tivesse ele vivido em sua época, teria viajado à Itália, a pé, desde o Mar Báltico, para com o Ramchal estudar.

Como muitos outros Justos que o precederam e sucederam, o Ramchal morreu jovem. O Maguid de Mezeritch foi questionado, certa vez, por que razão o grande Mestre se fora tão cedo. Ao que ele respondeu que a geração deste não era digna de entender sua santidade e que sua missão nesta vida tinha sido cumprida de outra forma, através de seus escritos.

Seus oponentes há muito foram esquecidos, ao passo que o Ramchal continua vivo. Através de suas obras, divulgadas nos quatro cantos do mundo e traduzidas em vários idiomas, inclusive ao português, Moshé Chaim Luzzatto continua a ensinar e inspirar os judeus, em todas as partes.

Traduzido por Lilia Wachsmann

Bibliografia Bindman, Yirmeyahu; Rabbi Moshe Chaim Luzzatto - His Life and Works; Jason Aronson Inc.

Luzztto, Moshé Chaim Luzzatto; O Caminho de D'us (Derech Hashem) - Anotado por Aryeh Kaplan; Editora Maayanot.

Great Leaders of our People - Rabbi Moshe Chaim Luzzatto; www.ou.org