O Comitê Olímpico Internacional (COI) vai prestar homenagem aos 11 atletas israelenses assassinados por terroristas palestinos nas Olimpíadas de Munique, em 1972.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) vai prestar homenagem aos 11 atletas israelenses assassinados por terroristas palestinos nas Olimpíadas de Munique, em 1972, apesar de ter-se recusado, em nota oficial, a que se fizesse um minuto de silêncio, em sua homenagem, na cerimônia de abertura dos Jogos, frustrando uma antiga solicitação das famílias enlutadas.
A homenagem será realizada no dia 14 de agosto, na Prefeitura do Rio, conduzida em conjunto pelo COI e pelos Comitês Olímpicos do Brasil e de Israel. O Governo de Israel será representado por sua Ministra da Cultura e Esportes, Miriam “Miri” Regev. Na ocasião serão acesas 11 velas pelas viúvas de Yossef Romano, z”l, levantador de pesos, e de André Spitzer, z”l, treinador de esgrima, ambos vítimas do terror palestino em Munique..
O COI também dedicará uma área especial na Vila Olímpica do Rio para homenagear todos os atletas olímpicos mortos. Da mesma forma, haverá um momento de reflexão em honra dos mesmos na cerimônia de encerramento. A ex-Ministra da Cultura e Esportes de Israel, Limor Livnat, que ocupou o cargo até 2015, afirmou que “Antes tarde do que nunca... ainda que com 44 anos de atraso”.
Nos Jogos de Londres de 2012, no 40º aniversário do ataque de Munique, o COI rejeitou todos pedidos para se homenagear os atletas israelenses. Essa atitude foi muito criticada, principalmente tendo em vista que vários outros eventos celebrando a data foram realizados em outras partes.
Os Jogos do Rio serão a 16a participação de Israel nas Olimpíadas e, para tanto, o país trará sua maior delegação de todos os tempos, com cerca de 50 atletas para os Jogos Olímpicos e mais 50 para os Jogos Paralímpicos, disputados a seguir. Os Jogos Olímpicos vão ser realizados entre os dias 5 e 21 de agosto e as Paraolimpíadas entre 7 e 18 de setembro.
Um detalhe muito especial para a comunidade judaica do Brasil e para Israel é o fato de serem judeus, membros detacados na kehilá, os três principais executivos encarregados das Olimpíadas do Rio! Ao lado de Carlos Arthur Nuzman, Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, desde 1995, e um dos nomes mais destacados nos esportes no Brasil, estão Sidney Levy, Diretor Geral, e Leonardo Gryner, Diretor Geral de Operações do Comitê Rio 2016.
Um dos pontos mais importantes da organização, nestes tempos conturbados que vivemos, é a segurança dos 12 mil atletas e dos 500 mil visitantes que são esperados. A empresa que venceu a concorrência foi a ISDS – International Security and Defense Systems, de Israel. Esta empresa tem larga experiência em outras olimpíadas e torneios internacionais. Seu trabalho cobre desde consultoria até sistemas de abastecimento de segurança.
Talvez, quem sabe, os atletas, dirigentes e visitantes sejam saudados com um sonoro “Baruch Habá”...