Na edição de julho/agosto, a Vogue alemã destaca uma mulher provavelmente desconhecida do grande público: Margot Friedländer, de 102 anos.

Sobrevivente da Shoá é capa da Vogue alemã

Na edição de julho/agosto, a Vogue alemã destaca uma mulher provavelmente desconhecida do grande público: Margot Friedländer, de 102 anos.

Apesar da idade avançada, não é a mulher mais idosa a aparecer na capa da publicação. Essa posição cabe à tatuadora indígena Apo Whang-Od, de 106 anos, que ilustrou a Vogue Filipinas de abril do ano passado.

Nascida em 1921 em Berlim, Margot passou o início da 2ª Guerra Mundial com a mãe e o irmão caçula, Ralph. Eles pretendiam fugir para os Estados Unidos, mas a Gestapo prendeu o rapaz em 1943. Ao enfrentar os oficiais nazistas, a mãe também foi detida e deportada para Auschwitz, onde acabou assassinada juntamente com o filho.

Em 1944, Margot foi enviada para o campo de Theresienstadt, na Checoslováquia. Foi a única da família a sobreviver ao Holocausto. Um ano depois do fim da guerra, emigrou com o marido, Adolph Friedländer, para os EUA, onde o casal passou mais de 60 anos. Em 2010, após a morte do marido, Margot voltou para Berlim.

O amor foi o tema da edição de julho/agosto da Vogue alemã, que traz a palavra “love” escrita por Margot e a sua assinatura. Em entrevista, a modelo disse estar “chocada” com o crescimento da direita, particularmente com a ascensão do partido extremista “Alternativa para a Alemanha”, bem como com o aumento dos ataques antissemitas em meio à guerra entre Israel e o Hamas.

Museu do Oscar acusado de antissemitismo

Uma exposição sobre os pioneiros judeus do cinema americano inaugurada em 19 de maio no Museu do Oscar, em Los Angeles, gerou protestos no meio artístico, com acusações de antissemitismo. Chamada “Hollywoodland: Os fundadores judeus e a construção de uma capital do cinema”, tem como foco a origem de grandes estúdios cinematográficos, como a Warner Bros. e a Metro-Goldwyn-Mayer, criados por imigrantes judeus na Califórnia durante a década de 1920.

De acordo com o jornal The New York Times, em uma carta endereçada ao museu, ativistas do grupo United Jewish Writers criticaram a mostra pela utilização de palavras como “tirano”, “predador”, “mulherengo” e “opressor” em referência a cineastas de origem judaica. “Embora reconheçamos a importância de confrontar o passado problemático de Hollywood, o desprezível uso de dois pesos e duas medidas na exposição acaba por culpar apenas os judeus por esses erros”, diz a carta. Entre os mais de 300 signatários do documento, estão o ator David Schwimmer, de Friends, e a roteirista Amy Sherman-Palladino, criadora de Gilmore Girls. Em resposta ao movimento dos artistas, o museu divulgou um comunicado no qual informa que alteraria a mostra imediatamente.

“Shahar Adom” série sobre 7 de outubro

Estreará em outubro, em Israel, “Shahar Adom” (“Amanhecer Vermelho”), série de quatro capítulos sobre o selvagem ataque do Hamas ao sul desse país em 7 de outubro de 2023. Produzida e distribuída pelo Fox Entertainment Group, conta com roteiro em hebraico da israelense Yes Studios. Para o lançamento internacional, o título será “One Day in October” (“Um dia em outubro”).

Em entrevista ao site de entretenimento Deadline, Fernando Szew, diretor da Fox Entertainment Studios, afirmou: “O projeto é um dos mais arrebatadores que já vi. Os capítulos foram filmados com muita beleza, mas são angustiantes”. Acrescentou ainda: “A série mostra o melhor das pessoas em meio a circunstâncias horríveis e inimagináveis. Assim, permite que o público sinta o profundo amor delas pela vida”.

Estrelada pelos atores Yuval Semo, Yael Abecassis e Naomi Levov, “Shahar Adom” destaca quatro histórias reais ocorridas em 7 de outubro, entre as quais a de um motorista de ambulância voluntário que, na manhã desse dia, se deslocou para o sul para prestar assistência às vítimas; a de um ciclista do Kibutz Be’eri que se escondeu junto com um jovem beduíno enquanto ambos estavam cercados por terroristas do Hamas e a de dois participantes do Festival Nova que, ao se refugiarem em um banheiro, escaparam de serem sequestrados.

Em junho último, a Yes Studios anunciou um investimento de cerca de US$ 26 milhões em programas de TV e filmes que, como parte dos esforços de defesa de Israel em todo o mundo, contam histórias do ataque do Hamas. “Fazemos o que é necessário, sobretudo agora, em tempos de guerra”, explicou Ilan Sigal, diretor-presidente da empresa.

Três universidades israelenses entre as 100 melhores do mundo

Considerado referência na determinação da qualidade de estabelecimentos de ensino superior, o Ranking de Xangai de 2024 incluiu o Instituto Weizmann de Ciências, em Rehovot; a Universidade Hebraica de Jerusalém e o Instituto de Tecnologia Technion-Israel, em Haifa, entre as 100 melhores instituições acadêmicas do mundo, respectivamente na 69ª, na 81ª e na 85ª posição. Cabe ressaltar que, na mesma classificação, este último ocupa o 11º lugar entre as escolas com foco em tecnologia de acordo com o World Israel News. Isso confirma o grande destaque do Estado Judeu na área da educação superior.