Ao longo de seus 70 anos de existência, a despeito de toda a adversidade e OS desafios que enfrenta, Israel se tornou mundialmente respeitado por seus grandes avanços nas áreas de inovação científica em saúde, tecnologia, segurança e socorro em caso de desastres.
Em 15 de abril deste ano de 2018, o jornalista canadense Robert Sarner escreveu um artigo no “Times ofIsrael”, intitulado “70 Razões recentes para admirar Israel em seu 70º aniversário” – “70 recent reasons to admire Israel on its 70th birthday”. Nesse artigo, ele diz: “Como as pessoas, as nações são melhor julgadas pelo que realizam.... e com base na qualidade e quantidade de suas conquistas, Israel claramente é um realizador. Pelo terceiro ano consecutivo, homenageando o aniversário de Israel, preparei uma lista de conquistas admiráveis que o país realizou no curto espaço dos últimos 12 meses”.
O jornalista Sarner ainda ressalta que, em janeiro de 2018, de acordo com o Bloomberg Innovation Index, Israel era o 10º país mais inovador do mundo. A pesquisa, anualmente realizada, avalia os países utilizando sete critérios, entre os quais pesquisa, desenvolvimento e o número de graduados nas áreas de engenharia. O índice se baseia em dados de várias instituições, entre as quais o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Sarner incluiu em sua lista uma novidade tecnológica desenvolvida pela Elbit, empresa que atua na área de defesa e segurança. A empresa anunciou o lançamento de seus primeiros óculos para ciclistas baseados na tecnologia usada para os capacetes dos pilotos de aviões de combate. Denominados Everysight, os óculos fornecem informações sobre as condições de terreno e rota, além de projetar um mapa que dá aos usuários uma visão panorâmica sobre o ambiente ao seu redor.
A lista incluiu, ainda, a Yarok Technology Transfer, empresa que recebeu um prêmio das Nações Unidas pelo desenvolvimento de um teste rápido e eficiente para detectar, em apenas 45 minutos, a presença de bactérias nos alimentos industrializados. Trezentos e trinta países participaram da competição “Innovative Ideas and Technology on Agribusiness” promovida pelas Nações Unidas, em 2017, e a Yarok foi uma das cinco empresas vencedoras.
Ainda na área de prêmios internacionais, a Organização de Pesquisa Agrícola – Instituto Volcani recebeu, em 2017, um prêmio da Unesco para Pesquisas na Área de Ciências da Vida por seus trabalhos para desenvolver metodologias e ferramentas que aumentem a segurança alimentar e a produtividade em áreas áridas, semiáridas e desérticas, visando a melhoria da qualidade de vida. Esta Organização, anteriormente conhecida como Estação de Pesquisa Agrícola da Agência Judaica na Palestina, é um conceituado centro israelense na área. Funciona como o braço de P&D do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Estado de Israel.
Neste ano, a ONU também premiou a organização não-governamental Israel Save a Child’s Heart (SACH, Israel Salva o Coração de uma Criança), com a láurea United Nations Population Award por suas realizações na área de saúde, salvando a vida de crianças com problemas cardíacos, independentemente de sua nacionalidade, religião, cor, gênero ou condições econômicas. Até o início deste ano, a SACH foi responsável pela realização de 4.500 cirurgias cardíacas para crianças de 55 países, totalmente grátis. As operações são realizadas no Wolfson Medical Center, em Holon, e em alguns hospitais no exterior. A ONG é responsável, também, pelo treinamento de mais de 150 profissionais do mundo todo.
O Hospital Hadassah, em Jerusalém, entrou na lista de Sarner por ter realizado uma cirurgia de reconstrução de ossos utilizando simultaneamente dois robôs. O paciente foi submetido à cirurgia por ter quebrado a perna em dois lugares, além de seis vértebras da coluna, em um acidente de trabalho. A operação permitiu ao paciente voltar a andar normalmente.
Pioneiro em inúmeras áreas tecnológicas médicas, em 2017 Israel saiu na frente na realização de uma cirurgia para estimular o crescimento de ossos destruídos em acidentes ou por tumores cancerosos. Até há pouco tempo, se alguém perdesse ossos por qualquer causa, teria que passar por procedimentos complicados e dolorosos que implicavam a transferências de ossos de outras partes do corpo.
No final de dezembro de 2017, no Hospital HaEmek, de Afula, foi realizada uma cirurgia inédita no país e no mundo, que, a médio e longo prazo, poderá ser a solução para a perda de ossos. Isso porque pesquisadores israelenses conseguiram “cultivar” ossos em laboratório. O primeiro a passar pelo procedimento com a nova técnica foi uma pessoa que quebrou a perna em um acidente de carro e teve que extrair uma parte do osso. Os médicos retiraram tecido adiposo do corpo do paciente e o colocaram em um dispositivo especial que simula o ambiente do corpo e proporciona condições ideais para o crescimento ósseo. Após umas duas semanas, o tecido estava pronto para ser transplantado, sendo transferido do laboratório, em Haifa, para o hospital, e injetado no paciente. Dentro de alguns meses, o osso voltou a crescer.
A nova tecnologia foi desenvolvida há alguns anos pelo Bio Group. “Criamos milhares de pequenas partículas de osso, todas vivas, e isso nos permite implantá-las na área necessária, onde se conectam a um osso vivo”, explica o Dr. Shai Mertzky, CEO da Bio Group e que desenvolveu a tecnologia. A cirurgia é também adequada para idosos com osteoporose e para pacientes com câncer submetidos à remoção da medula óssea.
Internautas Israelenses elegem as melhores tecnologias
Mas, de que maneira a tecnologia mudou o dia a dia dos israelenses e de todos nós? Em homenagem ao 70º aniversário de independência de Israel, o Ministério da Indústria e Economia lançou um concurso online, denominado “70 Grandes Invenções Azul e Branco” – cores da bandeira de Israel. A escolha das vencedoras ficou a cargo dos internautas.
O sistema antimíssil Iron Dome (Cúpula de Ferro) foi votado pelos internautas como a maior invenção israelense dos últimos anos. Dentre as 70 invenções selecionadas pela Secretaria de Invenções de Israel, o Iron Dome levou 28% dos votos.
Único no mundo no gênero, o Iron Dome foi desenvolvido pela empresa Rafael Defense Systems, em 2007, para conter ataques de mísseis de curto e médio alcance, permitindo abater, em pleno voo, projéteis com alcance de 4 a 70 km. Cada bateria é composta de um radar de detecção e monitoramento, um software de controle de disparos e três lançadores, cada um equipado com 20 mísseis de interceptação. A primeira bateria foi instalada em março de 2011 na região de Beersheva, vítima de ataques constantes do grupo terrorista Hamas a partir da Faixa de Gaza. Naquele mesmo ano, mais cinco baterias foram posicionadas perto das cidades litorâneas de Ashkelon e Ashdod, ao sul da grande metrópole de Tel Aviv, e perto da cidade de Netivot, a 20 km da Faixa de Gaza. O sistema se revelou particularmente eficaz durante a operação “Pilar de Defesa” em novembro de 2012.
Desde a sua instalação, o Iron Dome já interceptou mais de 1.700 mísseis e foguetes lançados principalmente pelo Hamas contra o território israelense a partir de Gaza. O sistema já interceptou foguetes lançados em direção às Colinas do Golã pelo Hezbolá, a partir do Líbano.
Em 2º lugar na competição das 70 Grandes Invenções, classificou-se o sistema de navegação Waze, com 17,77% dos votos. Uma tecnologia que facilita a vida de bilhões de pessoas no mundo todo a circular pelo trânsito pesado do dia-dia e a realizar viagens por lugares poucos conhecidos. A tecnologia Waze foi vendida à Google por cerca de US$ 1 bilhão, em 2013.
Em seguida, em 3º lugar, está o sistema de irrigação por gotejamento, que obteve 17,75% dos votos. A agricultura israelense é das mais avançadas do mundo. O método de irrigação “Tip, Tipá”, gota a gota, em hebraico, permite a produção de verduras, legumes, frutas e flores em solo desértico ou semiárido. Essa tecnologia está sendo exportada, possibilitando o aumento da produção agrícola em lugares como a África Subsaariana. O Ministério das Relações Exteriores de Israel está fazendo parcerias com ONGs, empresas e órgãos governamentais para oferecer a tecnologia a países da África, a baixo custo.
Em 4º, 5º e 6º se classificaram o flash drive USB, seguido do micro robô para cirurgias desenvolvido pela Memic, e a tecnologia para produção de água diretamente do ar desenvolvida pela Water Gen. Em 7º foram escolhidas as sandálias fabricadas pela Source Sandals, que não escorregam nem em áreas úmidas.
A lista foi fechada pela Check Point Software Technologies, pela criação do primeiro e mais eficiente firewall do mundo; e pela Offek, pelo desenvolvimento de satélites de reconhecimento.
Concordamos plenamente com as escolhas dos internautas israelenses! Cada uma dessas brilhantes invenções mudou nossa vida para muito melhor...