Entre as festas celebradas durante o ano judaico, duas são rabínicas – Chanucá e Purim. Foram instituídas por nossos Sábios porque celebram milagres e salvações, e também porque ensinam lições que se aplicam ao Povo Judeu e ao mundo, como um todo, em cada geração.
Chanucá comemora a vitória militar dos Macabeus, os valentes guerreiros judeus que derrotaram as forças sírio-gregas que ocupavam a Terra de Israel e profanaram o Templo Sagrado de Jerusalém. Purim celebra a reversão de um decreto de genocídio contra o Povo Judeu. Ambas as festas celebram milagres Divinos, mas estes se manifestaram de forma bastante diferente. O milagre de Chanucá ocorreu por meio de uma vitória militar: os judeus viviam em sua pátria e contavam com os meios para lutar contra os opressores, mesmo que estes representassem a superpotência militar da época. O milagre de Purim, por outro lado, ocorreu quando o Povo Judeu se encontrava exilado de sua terra: não havia pátria nem exército e os judeus dependiam da liderança, influência e força espiritual e política de Mordechai e Esther.
Durante dois mil anos, os judeus viveram exilados de sua terra natal. Não possuíam um lar nacional nem independência política, e eram frequentemente perseguidos ou expulsos dos países que os haviam abrigado.
Como no relato de Purim, os judeus sempre tentaram influenciar o mundo de forma positiva com sua força moral, contribuindo muito para os países onde viviam. E, assim como Mordechai salvou a vida do rei da Pérsia e trabalhou em benefício do império, muitos judeus trabalharam arduamente para beneficiar os países que os acolheram.
Contudo, ainda hoje, há países e organizações que não reconhecem o Estado de Israel e clamam por sua destruição. Os “Hamans” contemporâneos podem ameaçar-nos, mas deveriam conscientizar-se de que, desta vez, terão que lidar não apenas com Mordechai e Esther – nossos líderes políticos e espirituais – mas também com os Macabeus de nossos dias.
É imperativo que o mundo reconheça que certos países representam uma ameaça – não apenas ao Povo Judeu, mas à Humanidade. Ao mesmo tempo, como na história de Chanucá, os judeus precisam estar preparados para se defender militarmente daqueles que desejam destruir o seu Estado. E nós estamos.
Muitas pessoas devem-se perguntar por que certas ditaduras sustentam tamanho ódio por Israel. O principal motivo é que o Estado Judeu é a luz que revela a escuridão que há nesses países. Israel é a única democracia verdadeira do Oriente Médio e é enorme o contraste com os demais países. Somente lá todos os cidadãos têm direito ao voto, a imprensa é verdadeiramente livre e ninguém, nem mesmo o primeiro-ministro, está acima da lei.
Apesar de não ser perfeito, o Estado de Israel é um modelo a ser imitado por países que prezam a liberdade e a modernidade. É a antítese do tipo de sociedade que muitos líderes do Oriente Médio desejam manter: países onde não há liberdade, onde oponentes políticos são presos ou executados, a imprensa é controlada pelo governo, os mais desfavorecidos são ignorados e as mulheres e minorias religiosas são oprimidas. E como a escuridão não pode coexistir com a luz, fazem de tudo para extingui-la.
Mas, assim como os Macabeus foram auxiliados por D’us, estamos confiantes de que prevaleceremos sobre aqueles que ameaçam nosso povo e a Humanidade. Cedo ou tarde, a luz sempre derrota a escuridão. Esperamos que a luz faça com que a escuridão deixe de existir – e que isto ocorra sem que haja necessidade de mais conflitos ou guerras.
Chanucá Sameach a todos!
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