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abril 2012
Ed. 75

Carta do leitor

ANO XIX
N. 75
abril 2012
CARTA AO LEITOR: ANO XIX N.75 abril 2012

Pessach é a festa da liberdade e muitas das leis e costumes do Seder estão relacionadas a esse tema. Um dos elementos essenciais do Seder é o consumo de quatro copos de vinho. Estes correspondem às quatro expressões de redenção prometidas por D’us, através de Moshé, aos Filhos de Israel: “Eu os tirarei (do sofrimento do Egito), Eu os libertarei (da escravidão), Eu os redimirei (com um braço estendido e com grandes julgamentos), Eu os tomarei para Mim (como uma nação, e Eu serei para vocês D’us)” (Êxodo 6:6-7). E, por que quatro expressões de liberdade e não apenas uma? Porque o Êxodo foi apenas o primeiro passo em direção à nossa liberdade. Os judeus conseguiram deixar o Egito, após o episódio das Dez Pragas. No entanto, apenas uma semana mais tarde, foram perseguidos novamente pelo Faraó e seu poderoso exército. Portanto, foi necessário que D’us não apenas os tirasse do Egito, mas também os libertasse da escravidão.

Contudo, nem mesmo a libertação da escravidão, que ocorreu com a abertura do Mar e o afogamento dos egípcios, foi suficiente para garantir nossa liberdade, pois o Egito poderia ter reconstruído seu exército e voltado a perseguir os judeus. Por esse motivo, D’us nos redimiu do Egito “com um braço estendido e com grandes julgamentos”. O Todo Poderoso lançou grandes punições contra os egípcios para que o espírito desse povo fosse quebrado a tal ponto que se tornasse impossível se levantarem novamente contra o Povo Judeu. Mas ainda isso não foi suficiente para garantir a liberdade de nosso povo. A liberdade absoluta de fato ocorreu apenas no Monte Sinai, quando, cinquenta dias após o Êxodo, D’us Se revelou perante todos os judeus e lhes entregou a Torá.

Ensina o Rabi Yehudá Lowe, o Maharal de Praga, um dos maiores Cabalistas de todos os tempos, que antes da Revelação Divina no Sinai, era possível escravizar os judeus. Contudo, ao nos tomar como Seu Povo, D’us criou uma nação que seria, em sua própria essência, verdadeiramente livre. Após a Revelação Divina e a outorga da Torá, os judeus poderiam ser exilados, perseguidos, até mesmo oprimidos e aprisionados, mas essas condições se limitariam ao corpo, não à alma judaica.

O seguinte relato de Elie Wiesel atesta esse ensinamento do Maharal: “Em Auschwitz, havia um homem em meu bloco que trocou dez porções de pão por um par de Tefilin, que havia sido contrabandeado para dentro do campo. Acordávamos de madrugada para colocar os filactérios. Não havia tempo suficiente para recitar o Shemá Israel; recitávamos apenas a própria bênção do Tefilin. Mesmo sabendo do risco que corríamos caso fossemos pegos pelos nazistas, nunca deixamos de colocá-los”.

Apesar da destruição do Templo Sagrado, de dois mil anos de sofrimento na Diáspora, da Inquisição e do Holocausto, ninguém foi capaz de escravizar a alma coletiva de nosso povo. Nem Auschwitz conseguiu quebrar o vínculo eterno entre D’us e o Povo Judeu.

A essência do tema central da festa de Pessach e, particularmente do Seder, é que a liberdade adquirida por meio das quatro promessas Divinas ao nosso povo é incondicional. Esse é o motivo dos quatro copos de vinho e das quatro expressões de liberdade. O Seder nos ensina e a todas as gerações futuras de judeus que somos um povo verdadeiramente livre, pois a verdadeira liberdade não é física, mas espiritual; não é temporária, mas eterna.

Pessach Sameach!

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