Chanucá e Purim são festas judaicas que não são mencionadas na Torá, pois celebram eventos ocorridos após a sua entrega no Monte Sinai. Mas a Torá faz menção, ao menos de forma implícita, a essas festas.
Nossos Sábios dizem que na Torá há uma alusão a Purim em um verso de Deuteronômio, em que D’us afirma: “Eu certamente terei ocultado minha Face naquele dia”, pois o nome da heroína da história, Esther, deriva da palavra hester – “oculto” –, e o próprio tema dessa festa é a sobrevivência e o triunfo do Povo Judeu em meio à ocultação Divina.
Mas, onde na Torá se encontra uma alusão à Chanucá? Quase um ano após o Êxodo do Egito, no primeiro dia do mês de Nissan, o Povo Judeu, sob a liderança de Moshé, santificou o Mishkan, o Tabernáculo. Nesse dia, líderes das tribos de Israel trouxeram oferendas para celebrar esse evento extraordinário – a inauguração da morada Divina na Terra. Mas Aaron, irmão de Moshé, o líder da tribo de Levi, foi excluído. D’us o consolou ao lhe revelar que seu serviço Divino para a inauguração do Tabernáculo seria até maior do que o das outras tribos, pois caberia a ele preparar e acender a Menorá. Nachmânides explica que o serviço de acender a Menorá era mais elevado do que as oferendas porque fazia alusão ao acendimento de uma futura Menorá – a de Chanucá. D’us transmitiu a Aaron que seu papel era maior, pois chegaria o dia no qual o serviço do Templo seria descontinuado, e a Torá, quase esquecida. Seria apenas pela fé e bravura dos Hashmonaim, uma família de Cohanim, descendentes de Aaron, que o Templo seria reconquistado e purificado, e a Menorá, novamente acesa. D’us, portanto, confortou Aaron ao lhe informar que seus descendentes seriam responsáveis por salvar o Povo Judeu.
Durante quase dois mil anos, o Povo Judeu viveu longe de sua terra e, até hoje, sem o Templo de Jerusalém. Mas mesmo nas mais escuras noites do exílio, os judeus nunca deixaram de acender as velas de Chanucá. Esta festa está entrelaçada com Purim não apenas porque ambas celebram milagres e salvações, mas porque as luzes de Chanucá ensinam que quando há escuridão no mundo – quando D’us oculta sua Face e há sofrimento humano, cabe ao Povo Judeu difundir luz e esperança.
Durante os oito dias da festa de Chanucá, milhões de judeus ao redor do mundo acenderão velas. Estas representam tudo que há de bom e positivo no universo: D’us e sua Torá, a alma humana, a sabedoria, o conhecimento e a liberdade. Acendemos as luzes de Chanucá para não esquecer uma lição fundamental: fomos banidos da Terra de Israel, nosso Templo foi destruído, mas a luz do judaísmo e o brilho da alma humana nunca serão apagados.
A luz que foi acesa por Aaron HaCohen naquele 1º de Nissan se recusa a apagar. A cada ano, percorre os lares judaicos e se torna cada vez mais forte. Hoje, já não existe mais o Templo, nem sua Menorá, mas durante as oito noites de Chanucá, milhões de Chanuquiot, mini-símbolos do Templo sagrado, serão acesas por judeus. Estas Chanuquiot serão acesas em lugares públicos ou nas janelas das residências para compartilhar com todos os seres humanos, independentemente de nacionalidade ou religião, as lições desta festa: que cedo ou tarde, a luz prevalecerá sobre a escuridão, a liberdade sobre a tirania, a esperança sobre o desespero e o bem sobre o mal.
Chanucá Sameach a todos!
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Acendimento das velas