Há algum tempo, no final de uma consulta, recomendei à minha paciente que procurasse um determinado especialista para acompanhá-la junto comigo. A paciente, uma senhora já idosa, católica, ostentando um grande crucifixo no pescoço, me pediu: “Doutor, o senhor se incomodaria de me recomendar um outro especialista, mas um que fosse judeu?
Nos anos que se seguiram à criação de Israel, em 1948, cerca de 900 mil judeus que viviam no mundo muçulmano foram forçados a abandonar os países onde viviam, deixando para trás séculos de história e bilhões de dólares em patrimônio. Comunidades que existiam por mais de dois milênios simplesmente desapareceram.
No fogo cruzado entre rebeldes e forças do governo da Síria, o patrimônio histórico-cultural do país, até mesmo o judaico, está ameaçado de extinção.
Foram nove judeus oriundos da Hungria. Em primeiro lugar, deixaram Budapeste e, em segundo, a Europa quando o nazismo começou a convergir sobre o continente. Todos encontraram refúgio no ocidente onde inscreveram seu nome como algumas das mais notáveis celebridades do século 20.
As crônicas judaicas dos séculos 15 e 16 retratam o sofrimento dos exilados ibéricos face à expulsão da Espanha e o batismo forçado de Portugal. Nas travessias rumo as colônias d'Além Mar, maus tratos infringidos aos judeus e cristãos novos eram uma constante.
A guerra de Stalin contra os judeus foi muito além do conhecido e infame complô dos médicos. O ditador soviético sempre foi antissemita e, embora grande número de judeus tivesse sido relevante para o triunfo bolchevique, após assumir plenos poderes, ele jamais hesitou em ordenar a execução de milhares de seus antigos companheiros e, também, da elite intelectual judaica do país.