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dezembro 2008
Ed. 63

Carta do leitor

ANO XVI
N. 63
dezembro 2008
CARTA AO LEITOR: ANO XVI N.63 dezembro 2008

Na noite de 9 de novembro deste ano relembramos, com tristeza, os terríveis acontecimentos ocorridos há 70 anos, a Noite dos Cristais, quando os nazistas destruíram e incendiaram casas, sinagogas e propriedades judaicas, mataram cerca de 90 judeus e deportaram milhares para os campos de concentração.

Naquela noite, a maldade humana fi cou exposta - desmascarada e desavergonhada. O brutal acontecimento deveria ter removido a venda de complacência que encobria os olhos do mundo livre sobre o que a Alemanha arquitetava – uma guerra mundial que destruiria dezenas de milhões de seres humanos, bem como toda a Europa, por várias gerações. Parte da tragédia da Kristallnacht foi não ter bastado para despertar da letargia aqueles que, naquele então, ainda teriam podido enfrentar a Alemanha e a deter, em seu desvario.

A Noite dos Cristais foi o divisor de águas na destruição do judaísmo europeu, marcando o início da guerra que a Alemanha de Hitler travou contra o mundo livre, o Povo de Israel, o judaísmo e a Torá. Os judeus sempre foram perseguidos por sua fé e pelo sistema de valores que representavam; não por qualquer outro motivo palpável. No caso do nazismo, o judaísmo é a antítese de tudo o que a sua ideologia e barbárie representavam. Portanto, a destruição das sinagogas e a violação dos rolos da Torá não foram mero ato aleatório, mas um golpe certeiro no âmago da alma judaica.

Para marcar as sete décadas da Kristallnacht, a Organização Sionista Mundial e as autoridades israelenses conclamaram todo o Povo Judeu, quer no Estado de Israel quer na Diáspora, a manterem acesas, durante a noite de 9 de novembro, as luzes de todas as sinagogas, além de velas e tochas. Em declaração conjunta os Grãos Rabinos-chefes de Israel, Shlomo Amar e Yona Metzger, e o Ministro Itzhak Herzog afi rmaram: “O objetivo nazista era escurecer os olhos de Israel e apagar ‘a luz do mundo’, ou seja, a luz da Torá e das orações que irradiavam das sinagogas e midrashot”. Em todo o continente europeu, mais de 150 comunidades judaicas mantiveram milhares de luzes acesas para “recordar e fazer lembrar às gerações futuras que nunca podemos esquecer a crueldade e as terríveis ações cometidas contra nós”.

No entanto, apenas dizer “Nunca mais” nada mais é que um desejo vazio, por si só irreal e impraticável. Somente atos e esforços construtivos podem garantir que o “Nunca mais” seja uma realidade. Pois, cada um de nós, judeus, tem responsabilidade por sua pessoa e por sua família – mas, também, pela História e destino judaicos.

Justamente nesta época do ano, quando estamos prestes a celebrar Chanucá, desfi lam em nossa mente os milagres que D’us realizou por nós naqueles dias. A sobrevivência do povo judeu vem intrigando os historiadores, através dos séculos. Somos um povo de milagres. Apenas porque levavam a luz dos milagres em sua alma, os macabeus tiveram a coragem de enfrentar o poderoso exército dos gregos selêucidas, que a todos parecia insuperável. E querendo reinaugurar o Templo de Jerusalém e acender a Menorá, presenciaram o milagre do óleo que, sufi ciente para apenas um dia, ardeu durante oito.

No próximo dia 21 de dezembro, após o anoitecer, acenderemos as velas que comemoram Chanucá. Ano após ano, levamos essa luz especial para nossas casas e nossas vidas, e para o mundo que está em nossa volta. E o fazemos com a esperança de que quando a festividade terminar, continuemos a ver a nossa própria vida sob essa luz especial.

Somente com o brilho aceso pela chama da tradição e herança que carregamos, de geração em geração, poderemos inspirar a nós mesmos e a nossos fi lhos a lutar para alcançar a grandeza espiritual que reside dentro de cada um de nós.

Chanucá Sameach!

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