“E me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles” (Êxodo, 25:8).

Em 1872, Zadoc Kahn, Rabino Chefe da França, disse, em um de seus sermões: “O grande, verdadeiro instrumento de salvação dos judeus foi a sinagoga. Foi entre suas paredes, às vezes ricamente ornadas, em outras, toscas e simplesmente desnudas, que, de certa forma, criou-se e se desenvolveu o judaísmo e suas várias práticas de culto”.

As palavras do Grão Rabino Kahn resumem o papel das sinagogas durante os séculos. Nos recintos sagrados de suas sinagogas e de suas casas de estudos os judeus buscavam e encontravam a Presença Divina, e mantinham sua identidade e suas tradições; e foi lá que, nos momentos mais desesperadores de sua longa e turbulenta história, buscaram a coragem e a vontade moral necessárias para sua sobrevivência num mundo quase sempre hostil, um mundo que os perseguia e os rechaçava.

As sinagogas são também testemunhas silenciosas da vida e espiritualidade das comunidades que as ergueram. Suas estruturas físicas – tamanho, localização, estilo arquitetônico e design de interior – revelam-nos fatos importantes das comunidades, como se situam no momento histórico mundial e que situação particular atravessam. Revelam-nos a religiosidade, as preferências estéticas, o status econômico e sociopolítico de seus membros. Não há, portanto, um estilo de arquitetura de sinagogas que possa ser chamado de “tradicionalmente judaico”: a diversidade arquitetônica é um reflexo da história de nosso povo.

No século 19, na Europa pós-emancipação, os judeus ergueram centenas de sinagogas majestosas. Esses edifícios eram testemunho de seus esforços para serem aceitos como cidadãos, pela sociedade maior, nos inúmeros países onde viviam. Na ausência de um estilo judaico único, os arquitetos incumbidos de projetar as sinagogas criaram novas concepções adotando diferentes estilos e motivos decorativos, mesclando-os, às vezes. O fato de experimentarem diferentes estilos históricos – bizantinos, mouriscos, góticos e neoclássicos – não colaborou para o surgimento de uma estética arquitetônica eminentemente judaica.

Sinagoga como instituição

De acordo com a tradição, existem “sinagogas” desde o tempo do patriarca Jacob. Mas como instituição, propriamente dita, elas surgiram após a conquista pelos babilônios do Reino de Judá e a destruição do Primeiro Templo, no século 6 a.E.C. Exilados e espalhados pelos conquistadores por todo o Império Babilônico, os judeus deram continuidade à sua vida religiosa. Com o Templo de Jerusalém em ruínas, eles não podiam mais oferecer sacrifícios, pois o único local permissível para o serviço sacrificial era o Templo Sagrado. Tampouco lhes era permitido construir outro Templo em nenhum outro lugar além de Jerusalém. Podiam, sim, erguer pequenos santuários – Mikdash Me’at, onde podiam orar e estudar a Torá e os textos sagrados. Sem o Templo, as orações assumiram o caráter de Avodat Kodesh, Serviço Sagrado, em substituição aos sacrifícios.

Durante o exílio na Babilônia, os judeus começaram a se reunir nos pequenos santuários no Shabat e nos dias festivos, para, em conjunto, orar, estudar e discutir seus problemas comunitários. Assim, ao estabelecer um modelo de organização para as futuras comunidades judaicas, a sinagoga – palavra que vem do grego Synagoge, “assembleia” ou “congregação” foi tomando forma, como instituição.

Mesmo com a volta dos judeus para Jerusalém e a reconstrução do Templo, o Beit Knesset, em hebraico literalmente “Casa de Assembleia”, como era chamada a sinagoga, continuou a existir. O Talmud revela que na época do Segundo Templo havia 394 Batei Knesset apenas em Jerusalém. Mas foi após a destruição daquele pelos romanos, em 70 E.C., e o início da grande Diáspora, que as sinagogas se tornaram elemento primordial para a sobrevivência do judaísmo. E, por volta do século 2 da Era Comum, o mundo judeu já era organizado ao redor de uma vasta rede de sinagogas, que passaram a ser o ponto de convergência da vida judaica.

Apesar do judaísmo não exigir um local especial para a oração individual nem para as preces diárias, para certas orações é necessária a presença de um minian, o quórum de 10 homens. Por isso, qualquer comunidade que pudesse reunir um minian teria que ter um local para suas orações coletivas. Onde quer que os judeus vivessem, independentemente do nível econômico da comunidade, eles dedicavam um local especialmente construído ou simplesmente adaptavam um cômodo para esse fim. Um Rolo da Torá bastava para santificar o local e torná-lo um Beit Tefilá, uma “Casa de Orações”.

A vida dos judeus girava em volta do Beit Knesset. Era em seus recintos que os judeus tratavam tanto de sua relação com o Divino como de suas necessidades materiais – os assuntos comunitários, as necessidades dos mais carentes. Era também o local onde estudavam e ensinavam a seus filhos a Torá – fazendo da sinagoga também um Beit Midrash, uma Casa de Estudos.

Sinagogas após a emancipação

Na Europa, a emancipação judaica, ou seja, a eliminação de toda discriminação legal contra os judeus e a concessão de direitos iguais aos dos demais cidadãos de um país, foi um processo longo e complicado. Iniciado na França da Revolução Francesa, em 1789, o processo, em seu sentido estritamente legal, só seria completado 80 anos mais tarde.

Na França, em setembro de 1791, a Assembleia Nacional concedeu direitos de cidadania àqueles judeus que fizessem um juramento de fidelidade ao Estado. Mas, em outros países europeus, os judeus conseguiram a emancipação só após 1848, quando os ventos das revoluções liberais atingiram a Europa. Entre outros, os judeus da Grã-Bretanha foram emancipados em 1858, os do Império Austro-húngaro em 1867, da Itália em 1870, da Alemanha em 1871 e da Noruega em 1891.

A vida judaica abre-se à modernidade. Uma vez emancipados, os judeus sentiram o gosto da liberdade e puderam participar da vida econômica, política, cultural e social do país onde viviam. Livres para atuar em qualquer setor da economia, seu papel foi fundamental na criação e desenvolvimento econômico do país.

Sob o efeito da mudança de seu status, procuraram maneiras de expressar a nova posição social judaica. A arquitetura é posta a serviço da redefinição ideológica e as comunidades fazem das sinagogas um símbolo de seu desejo de se inserir no contexto local.

Ao passar da condição de “estrangeiros” para a de cidadãos, os judeus deixam de lado a prática de construir sinagogas pequenas, reclusas, escondidas em casas, em guetos ou ruas pequenas e secundárias. Haviam caído por terra as restrições legais quanto ao número de sinagogas que podiam ser erguidas, bem como quanto à sua localização e altura. Ademais, não precisavam mais temer que a beleza de suas casas de oração ou os sons de suas rezas provocassem a ira dos habitantes não judeus ou do governo.

Se antes da emancipação elas eram construções modestas, com fachadas simples, muitas vezes, adornadas e luxuosas apenas em seu interior, as novas sinagogas eram construções magnificas, abertas para a rua, no centro das cidades. Eram edifícios monumentais que retratam o seu sentimento de liberdade e atestam a sensação de finalmente estarem integrados ao país. Algumas acomodam em seu interior milhares de fieis. Entre elas, a Sinagoga Dohány, de Budapeste, que acomoda 3.000 pessoas; a de Szeged, na Hungria, que acomoda 1.340; ou a de Sofia, na Bulgária, que recebia 1.200 pessoas.

O interior das sinagogas também são requintados e luxuosos. Os rabinos do século 19 aprovam a construção dessas magníficas sinagogas, pois no judaísmo é apropriado adornar e embelezar a casa de orações, assim como seus objetos de culto, como mais uma forma de se honrar a D’us. O uso da arte nas sinagogas é um mandamento justificado, Hidu mitzvá, segundo o qual deve ser adicionada uma dimensão estética a todos os objetos religiosos.

Arquitetos proeminentes, judeus ou não, eram selecionados a dedo para projetar os novos templos, como passaram a ser chamadas as sinagogas da “emancipação”, e sempre havia debate sobre a escolha do estilo arquitetônico. Nesse período de ecletismo arquitetônico em toda a Europa, ao projetar as sinagogas, os arquitetos buscavam inspiração em todos os estilos, sendo que as tendências mais prevalentes eram o neogótico-romanesco e o oriental. Isto porque muitos acreditavam que o estilo oriental fosse uma representação verdadeira do povo judeu e que deviam buscar sua inspiração nas origens orientais do judaísmo, na Antiguidade bíblica e na única referência disponível em seus livros sagrados e em sua memória coletiva: o Templo Sagrado de Jerusalém.

A seguir alguns exemplos das magníficas sinagogas erguidas na Europa após a emancipação.

Alemanha
A Sinagoga de Augsburg

A Sinagoga de Augsburg é uma das poucas sinagogas alemãs que não foram destruídas durante a 2ª. Guerra Mundial. Chamada de “Sinagoga Art Nouveau”, foi inaugurada em 1917. Ela é considerada a mais importante desse estilo em toda a Europa e uma das construções mais notáveis dessa cidade da Bavária. No final do século 19, início do século 20, a comunidade judaica de Augsburg crescera, chegando a somar perto de 1.200 pessoas. Prósperos e confiantes no futuro, queriam erguer uma sinagoga para abrigar a comunidade, que fosse uma expressão arquitetônica de seu espírito de pertinência. Os judeus de Augsburg sentiam-se parte integrante da sociedade alemã; na verdade, sentiam-se como “alemães de fé judaica”.

O projeto arquitetônico foi realizado pelo jovem arquiteto judeu, Fritz Landauer, em parceria com Heinrich Lompel. A construção teve início em 1913 e terminou em 1917.  Trata-se de um edifício que resume o espírito da arquitetura dos primórdios do século 20 e o modernismo do período. 

O trabalho de Landauer na Sinagoga de Augsburg promoveu a sua reputação como importante arquiteto modernista. Com este projeto, ele tentou criar novo estilo de arquitetura judaica mesclando as características da Art Noveau com alguns elementos da arte bizantina, oriental e modernista. Ao celebrar a florescente vida judaica europeia, Landauer também buscou inspiração no passado histórico de seu povo. A divisão espacial do pátio, com uma fonte e um santuário, é uma clara referência ao Templo de Salomão.

O santuário, que podia ser visto da galeria das mulheres, é um ambiente de uma beleza irresistível. Esse ambiente central tem o formato de uma cruz bizantina, com abóbadas acima de cada um dos quatro braços da cruz, encimado por uma extraordinária cúpula a 30 metros de altura.  O maravilhoso domo, em concreto armado, é recoberto em mosaico verde e ouro, o que era uma construção extremamente avançada para a época. As janelas, ricamente ornadas com rendilhado em pedra, o domo com duas fileiras de clarabóias e quatro grandes globos de luz em latão, iluminam o santuário com uma luz abafada e mística.

A decoração, ricamente iconográfica, inclui um mosaico colorido, acima da Arca da Torá, descrições pictóricas das Grandes Festas em cinco painéis redondos no arco à direita, representações das Doze Tribos no parapeito da galeria e quatro relevos em estuco rodeando o domo, que, em conjunto, retratam a Torá como a Árvore da Vida.  A conexão entre os relevos é transmitida pelas citações bíblicas em bela escrita decorativa em hebraico.

Durante a Noite dos Cristais, em 9 de novembro de 1938, a sinagoga foi atacada por uma multidão ensandecida. Homens armados forçaram a entrada no local, destruíram o seu interior e a incendiaram. Os bombeiros  dominaram o fogo meramente para impedir que se alastrasse em direção às construções vizinhas. Na mesma noite, 150 homens judeus foram presos e levados ao campo de concentração de Dachau. Dos 1.200 membros da comunidade, cerca de metade conseguiu fugir da Alemanha. Os que não conseguiram foram confinados em guetos e campos de extermínio, entre 1941 e 1943.

Em 1940, os nazistas obrigaram a comunidade – na época reduzida a 400 membros – a vender o órgão da sinagoga para a Igreja Católica de Webling, em Ammersee, onde permanece até os dias de hoje.

A sinagoga foi restaurada entre 1974 e 1985 e uma de suas alas passou a abrigar o Museu Judaico de Cultura de Augsburg-Suábia, o primeiro museu independente a abrir na Alemanha pós-guerra.

Apesar da comunidade judaica da cidade ter sido dizimada pelos nazistas, a sinagoga recuperou seu antigo esplendor e é, atualmente, o centro da vida judaica de Augsburg, que passou por um renascimento depois da chegada de judeus da ex-União Soviética.

Inglaterra
Sinagoga Princes Road de Liverpool

Erguida pela  “Liverpool Old Hebrew Congregation” (LOHC),  a mais antiga congregação da cidade, a Princes Road Synagogue  foi inaugurada em 1874. Ela  é considerada um dos exemplos mais sofisticados do estilo mourisco na arquitetura sinagogal da Grã-Bretanha, sendo um testamento da riqueza e posição social da comunidade judaica da cidade no século 19.

O ano de 1858 é considerado por historiadores como o marco da total emancipação dos judeus na Grã-Bretanha. Nesse ano, o Parlamento britânico eliminou a última discriminação legal relativa aos judeus da Inglaterra. Eles já não eram obrigados a fazer votos cristãos para ter permissão de exercer certas atividades profissionais. Foi a partir dessa determinação legal que Lionel Nathan de Rothschild pôde assumir, naquele mesmo ano, uma cadeira no Parlamento da Câmara dos Comuns.

Em meados de 1870, a comunidade judaica de Liverpool tornara-se, tanto em termos de tamanho quanto de prestígio, a segunda comunidade na Inglaterra; apenas a de Londres era maior e mais prestigiosa.
Os membros da LOHC, parte da elite judaica, e as classes alta e média alta da cidade decidiram, no final da década de 1860, construir uma nova sinagoga que refletisse a prosperidade e prestígio da comunidade. Em um concurso para escolher o projeto que mais se adequasse aos seus objetivos, venceram William e George Audsley, dois irmãos presbiterianos sem experiência na construção de sinagogas. Em 1872, a comunidade comprou uma área no lado leste da Princes Road, colocando a pedra fundamental do edifício, e, dois anos mais tarde, em 2 de setembro 1874, em cerimônia liderada pelo Rabino Chefe Nathan M. Adler, a sinagoga foi inaugurada. Era um edifício imponente com capacidade para 824 pessoas.

Para o historiador de arquitetura H.A. Meek, a Princes Road Synagogue é “stunning”, deslumbrante; descreve-a como uma impressionante combinação eclética do Renascimento na arquitetura gótica e mourisca. “Seria possível a sobrevivência de um design eclético, nem bizarro nem excêntrico, mas que reúna seus elementos de fontes as mais disparatadas e as mescle em uma unidade religiosamente harmoniosa? Sim, naturalmente há muitas provas disso. Mas uma delas se destaca entre todas: a Princes Road Synagogue, em Liverpool. Quem ainda não viu seu interior, ainda não viu a glória de Israel em sua plenitude!”

A construção é de tijolos de terracota. A fachada revela a estrutura do edifício, uma basílica com nave e alas laterais. Possui um amplo portal em estilo “mourisco”, dividido por uma coluna central acima da qual está uma grande janela circular em estilo romanesco (ou romântico). A entrada é recuada sob um amplo arco na fachada central, sobre o qual há um lindo vitral circular e um telhado em estilo vitoriano, com duas torres gêmeas de cada lado. A sala de orações possui cores fortes em marfim e verde. O teto abobadado é adornado com folheação a ouro  em abundância e detalhadas pinturas à mão, e com mármores e marquetaria lindamente trabalhados. Ao logo da galeria superior, reservada às mulheres, estendem-se arcos que descem em direção às colunas verdes e douradas com capitólios em estilo coríntio. Há arcos dourados no teto e um arco em estilo mourisco que vai até a plataforma em mármore, no final do altar, onde está o Aron HaKodesh.

O Armário Sagrado é esculpido no formato de um templo mourisco com três domos, sendo o central o maior. Esse domo é pintado à mão e tem detalhes folheados a ouro. A bimá principal, cujas balaustradas em relevo também são pintadas e folheadas a ouro, foi colocada no centro da sala de orações. Painéis de madeira lindamente decorados com folha de ouro, pintados à mão, separam as galerias femininas. Os bancos são esculpidos, simples, separados no centro por um amplo corredor.

A Princes Road Sinagogue sobreviveu às duas guerras mundiais com danos mínimos. Mas, em maio de 1979, foi vítima de um incêndio criminoso, sofrendo sérios danos. Os Rolos de Torá, grande parte do interior, incluindo a galeria do coro e as portas do Aron HaKodesh, foram destruídos. A comunidade judaica iniciou naquele mesmo ano uma reforma e a sinagoga foi reinaugurada em 1980.

Atualmente, há serviços religiosos nas sextas-feiras à noite, nos sábados de manhã, durante as Grandes Festas e nas demais festividades do calendário judaico. A grandiosidade e beleza da sinagoga atraem judeus de Manchester e Londres para lá celebrarem casamentos e bar-mitzvot.

Hungria
A Grande Sinagoga de Budapeste

A sinagoga da Rua Dohány, em Budapeste, é também conhecida como a Grande Sinagoga ou Tabakgasse Synagogue. Símbolo da emancipação dos judeus da Hungria, a sinagoga é a maior da Europa e a terceira maior do mundo, com capacidade para 2.964 pessoas sentadas.

Em 1852, a população judaica de Pest contava mais de 12 mil membros; em 1857 já somava 23.101. A prosperidade regional e o sucesso econômico da comunidade estimularam os judeus a erguer uma sinagoga à altura de seu nascente êxito. A construção do edifício durou de 1854 a 1859.

O projeto da sinagoga da Rua Dohány  é do célebre arquiteto austríaco Ludwig Förster, que já tinha em seu currículo a planta da sinagoga da Templegasse, e grande parte da parte interna deve-se ao arquiteto húngaro Frigyes Fesz, um dos criadores do chamado “estilo húngaro”.

O estilo da Grande Sinagoga é mourisco, apesar de alguns elementos bizantinos, românticos e góticos. Os domos em abóboda com ornamentos em ouro são os elementos principais do estilo oriental. Por ter sido a primeira nesse estilo, foi um grande sucesso e as sinagogas que a sucederam, em todo o mundo, com frequência a imitaram.
O interior da sinagoga tenta reproduzir uma atmosfera oriental, o que justifica sua extrema riqueza decorativa. Os belos lustres, de grande porte, pesam 1,5 toneladas, cada um, e são ornados com 124 lâmpadas. Sobre a entrada principal, destaca-se um vitral cor-de-rosa. A Arca da Torá e os afrescos internos são decorados com formas geométricas coloridas e douradas criadas por Frigyes Fesz. A sinagoga de 75 metros de comprimento e 27 metros de largura acomoda em seu interior 1.492 homens, na parte de baixo, e 1.472 mulheres, em galeria superior.

Em 3 de fevereiro de 1939, a Grande Sinagoga foi bombardeada pelo Partido Cruz Flechada, húngaro, antissemita e pró-nazista. Usada como base da Rádio Alemã e também como estábulo durante a 2ª Guerra Mundial, o edifício sofreu sérios danos durante a ocupação, principalmente durante o cerco de Budapeste. A sinagoga foi atingida 27 vezes por bombardeios, mas não chegou a ser destruída.

Durante a era comunista, o local voltou a ser novamente utilizado como casa de orações pela reduzida comunidade judaica. Em 1991 deu-se início a um projeto de restauração com recursos advindos do governo e de doadores particulares. A reforma durou sete anos e, hoje, a maior sinagoga da Europa reencontrou seu esplendor de outrora.