Yom Kipur, o 10o dia do mês hebraico de Tishrei, é o Dia do Perdão. Quando o Templo Sagrado de Jerusalém estava de pé, o ponto central desse dia era o serviço lá realizado pelo Cohen Gadol, o Sumo Sacerdote.

Somente no dia mais sagrado do ano, o Cohen Gadol, que era o homem mais santo de todo Israel, tinha a permissão de entrar no Kodesh HaKodashim - o local mais santificado dentro do Templo, onde D'us explicitamente revelava Sua Presença. Apenas em Yom Kipur o Cohen Gadol era requisitado a realizar praticamente o serviço inteiro no Templo, a Avodá, que ajudava o Povo Judeu a obter perdão por seus pecados no ano que transcorrera.

As restrições que têm que ser cumpridas nesse dia sagrado - a proibição de comer, beber, banhar-se, untar-se, usar calçados de couro e ter relações conjugais - combinadas com a Avodá executada pelo Cohen Gadol, visavam suavizar os pecados de cada indivíduo e tornar D'us mais receptivo ao seu arrependimento.

Quem era o Cohen Gadol? E por que Yom Kipur girava em torno dos serviços que ele realizava no Templo Sagrado? A Torá nos conta que D'us escolheu Aharon, irmão de Moshé, e seus descendentes do sexo masculino, para serem Seus Sacerdotes e servir em Seu Santuário. Aharon e seus filhos, os Cohanim, foram "separados pelo D'us de Israel da congregação de Israel, para vos fazer chegar a Ele", para servir como sacerdotes e líderes espirituais, "ensinando Tuas leis a Yaacov e Tua Torá a Israel; porão incenso de especiarias diante de Ti e oferendas de elevação sobre o Teu altar" (Números, 16:9; Deuteronômio, 33:10).

D'us nomeou os Cohanim para o desempenho de um cargo que exigia que vivessem em um nível mais elevado de santidade do que o restante do Povo Judeu. Entre os Cohanim havia o Cohen Gadol, Sumo Sacerdote, que ocupava a posição suprema de santidade. O primeiro Cohen Gadol foi o próprio patriarca dos Cohanim, Aharon, a quem D'us indicou para o cargo e que, juntamente com seus filhos, serviu no Tabernáculo - o Templo portátil construído pelo Povo Judeu enquanto esteve no deserto em sua longa jornada a caminho da Terra de Israel.

O serviço de Yom Kipur no Templo, a Avodá, tinha tamanha importância que até hoje continua fazendo parte da liturgia recitada em todas as congregações judaicas do mundo, nesse dia mais sagrado do ano.

Recitamos a ordem da Avodá durante a oração de Mussaf para que - como ensinava o profeta Hoshea - a expressão de nossos lábios compense a ausência dos serviços que eram conduzidos no Templo de Jerusalém. Através da prece sincera e da recitação da Avodá, tentamos replicar em espírito aquilo que o Cohen Gadol conseguia através da realização de seu serviço. Pois, apesar da não existência do Templo Sagrado em nossos dias, em Yom Kipur todos os judeus, mesmo aqueles que não são Cohanim, são obrigados a agir como o fazia o Cohen Gadol, realizando o seu serviço espiritual que se compare aos rituais que se realizavam no Tabernáculo e no Templo Sagrado de Jerusalém, o Beit HaMikdash. Quando o Templo foi destruído, perdemos apenas seu arcabouço físico. O Templo espiritual continua a existir dentro da alma de cada um de nós, judeus, e aí continuará eternamente. O edifício espiritual interior de um judeu não pode ser destruído - jamais e por ninguém.

Sacrifícios e Incenso

No Templo Sagrado, realizavam-se sacrifícios com animais diariamente, sem exceção. Em Yom Kipur, seu significado e efeito espiritual eram muito aumentados, pois era o próprio Cohen Gadol quem os oferecia, servindo, assim, como emissário de todo o Povo Judeu. Além dos sacrifícios de animais no pátio do Templo, o Sumo Sacerdote ofertava incenso no interior do Santuário.

A oferenda de incenso era o ponto culminante do dia: o Cohen Gadol realizava este serviço no local mais Sagrado dos Sagrados, no interior do Templo, onde somente ele podia entrar, e apenas no dia de Kipur, exclusivamente para realizar essa oferenda. A mistura dos incensos desse dia era a mesma usada ao longo do ano, no serviço de oferendas realizado duas vezes ao dia - com a diferença de que, na véspera de Yom Kipur, o incenso era novamente moído para que, como nos ensina o Talmud, o mesmo fosse "o mais refinado entre os incensos refinados".

Tantos os sacrifícios animais quanto as oferendas na forma de incenso eram elementos fundamentais do serviço de Kipur. No entanto, esses dois rituais físicos atendiam a dois propósitos espirituais diferentes. A palavra hebraica para sacrifício é Korban - que deriva da raiz Karov, que significa "próximo". Ao ofertar, da forma adequada, um sacrifício no Templo, a pessoa se aproximava mais de D'us. O ritual do sacrifício de um animal na Casa de D'us ajudava a refinar e elevar a natureza animal do ser humano. Em outras palavras: quando um judeu sacrificava um animal no Templo, ele transmitia a seguinte mensagem a D'us: "Foi o animal que há em mim - minhas necessidades biológicas, meus impulsos e meus desejos - mas não eu, não a minha essência, quem cometeu este ato ilícito".

Sacrificar um animal no Templo Sagrado simbolizava um judeu sacrificando sua alma animal, que é uma das almas que habitam o seu corpo, sendo o elemento existente dentro do ser humano que busca autogratificação, às vezes mesmo às custas da violação da Vontade de D'us. Sacrificar um animal no Templo representava o subjugo dos desejos físicos de quem realizava o sacrifício, ao passo em que fortalecia a sua conexão a D'us.

O ponto culminante do Yom Kipur, contudo, não eram os sacrifícios animais, mas sim a oferenda do incenso, pelo fato de permitir uma conexão ainda mais profunda entre homem e D'us. Isto se reflete na palavra hebraica para "oferendas de incenso" - Ketoret, derivada da palavra em aramaico, Koter, que significa "vínculo". Os sacrifícios animais traziam o homem para perto de D'us, mas as oferendas em incenso forjavam um vínculo que unia indissoluvelmente o ser humano a D'us.

Uma das diferenças entre o incenso e os sacrifícios era que todos os animais sacrificados no Beit Hamikdash tinham que ser casher. Para entender a razão mística dessa exigência, há que se conhecer primeiro a diferença espiritual entre um animal casher e outro não.

O casher é aquele cuja carne, quando consumida por um judeu, eleva esse animal espiritualmente. Por exemplo, quando a pessoa come carne casher e usa a energia daí derivada para realizar um ato produtivo e de bondade, ela elevou a alma daquele animal. A carne de um animal não casher, pelo contrário, não pode ser espiritualmente elevada, ainda que o judeu utilize a energia daí derivada para realizar um ato santificado. Portanto, ao consumir carne não casher, o judeu, além de violar a Vontade Divina, usou a alma de uma das criaturas que Ele criou para o propósito exclusivo de satisfazer seu proprio apetite.

Esta explicação, ainda que muito simplificada, ajuda a entender por que os animais sacrificados no Templo Sagrado tinham que ser casher. Como o propósito dos sacrifícios era a elevação espiritual - da alma de quem oferecia o sacrifício, assim como da alma do animal sacrificado - não podia ser ofertado um animal cuja alma não pudesse ser espiritualmente elevada pelo consumo de sua carne. Fazê-lo seria perpetrar o ato cruel e fútil de tirar a vida de uma das criaturas de D'us.

Contrariamente aos sacrifícios animais, o incenso ofertado no Templo continha uma fragrância que provinha de uma origem não casher - a dizer, o almíscar. Isto indica que o Ketoret podia afetar mesmo aqueles elementos da Criação que comumente não podem ser espiritualmente elevados, ou seja, que não se podem conectar à Santidade. Ademais, entre as espécies usadas para compor o Ketoret incluía-se a Chelbaná - o gálbano ou assa-fétida, que, diferentemente das demais espécies, tinha um odor desagradável, como indica seu nome latino. O gálbano simbolizava os pecadores existentes em meio do Povo Judeu. O fato de que esta planta fétida fosse um componente essencial do incenso nos ensina, entre outros, que não nos devemos aproximar de D'us nas orações se excluirmos os outros a quem julgamos menos justos e meritosos do que nós; e que D'us anseia pelas preces e bênçãos e pelo arrependimento de todos os seres humanos, indiscriminadamente.

O Zohar, obra fundamental da Cabalá que ensina a faceta mística da Torá e de seus mandamentos, revela que as oferendas de incenso feitas duas vezes ao dia tinham também o propósito de destruir a impureza do yetzer hará - a "inclinação para o mal" que leva o homem ao pecado.

Um dia diferente dos demais

Como já vimos acima, a oferenda do incenso era o ponto alto da celebração de Yom Kipur, enquanto que a entrada do Sumo Sacerdote no Sagrado dos Sagrados era o clímax espiritual do dia.

No entanto, o fato de o Ketoret desempenhar um papel central nos serviços de Yom Kipur é problemático pela seguinte razão: nossos Sábios ensinam que este dia é o único no ano em que o anjo do mal perde seus poderes. A Guematriá - a numerologia judaica, que é um dos métodos do estudo da Torá - dá embasamento a esse ensinamento. O nome hebraico para o anjo do mal, Satan, corresponde a 364. No entanto, o ano tem 365 dias. Esta diferença de um dia corresponde a Yom Kipur - o dia em que Satan não tem poderes. Yom Kipur é um dia que se destaca de todos os demais, como está escrito no Livro dos Salmos: "Os dias foram formados e um deles a Ele pertence" (139:16). De fato, é por essa razão que Yom Kipur é o dia do perdão Divino - como existe em uma dimensão diferente, funciona como uma máquina do tempo que nos permite voltar atrás e retificar nossos pecados e erros passados.

Por que, então, a oferenda de incenso é o ponto culminante do Dia do Perdão? Se esta tem por fim destruir a impureza da inclinação para o mal e o anjo do mal fica impotente em Kipur, qual é o propósito da oferenda do incenso justamente nesse dia? Tal oferenda deveria ser enfatizada diariamente, exceto no Yom Kipur, pois este é o único dia do calendário no qual o anjo do mal não entra em cena.

A pergunta por que o Ketoret era ofertado em Yom Kipur e constituía o climax do dia sagrado - pode ser respondida através da comparação da qualidade do incenso que era oferecido em todos os demais dias do ano.

Em Yom Kipur, era uma grave transgressão omitir na mistura do Ketoret a erva que produzia fumaça, conhecida como Maalê Ashan. Ainda que tal planta entrasse na composição do incenso ofertado diariamente, omiti-la nos demais dias não era tão grave. Outra diferença interessante: durante 364 dias do ano, o incenso era ofertado no Altar de Ouro na câmara contígua ao Santuário, mas em Yom Kipur era levado diretamente ao Kodesh HaKodashim, o Santíssimo, o local mais sagrado de todo o Templo, que apenas continha a Arca Sagrada com as tábuas dos Dez Mandamentos. O Talmud ensina que D'us sequer permitia que um anjo permanecesse dentro do Sagrado dos Sagrados enquanto o Cohen Gadol fazia a oferenda do incenso, tamanha a santidade do momento.

As diferenças entre o incenso oferecido em Yom Kipur e nos demais dias do ano demonstram que os objetivos espirituais dos dois tipos de oferendas eram também diferentes. A erva Maalê Ashan era incluída para garantir que a queima produzisse uma nuvem de fumaça. Esta elevação do fumo simbolizava o refinamento dos elementos mais vis da criação e sua elevação às esferas mais altas.

Esta erva era necessária nos demais dias, mas não era indispensável, como em Yom Kipur. A razão para tal é que durante 364 dias do ano, o propósito da oferenda do incenso era negar o poder do mal, não necessariamente transformá-lo.

No dia de Kipur, o dia do ano que se destaca de todos os demais, todos os elementos da existência, mesmo os mais vis, devem ser elevados e conectados à sua Origem Divina. Como vimos acima, os sacrifícios animais não podiam elevar algo que não fosse casher, mas o incenso sim, tinha esse poder. Era, pois, fundamental, que a oferenda de incenso em Yom Kipur incluísse a Maalê Ashan, cuja fumaça ascendente refletia esta forma de serviço espiritual.

É por esta mesma razão que em Yom Kipur, e apenas neste dia, a oferenda de incenso era ofertada no Kodesh HaKodashim - o lugar onde D'us revelava explicitamente Sua Presença Infinita. Somente a Infinidade da Essência Divina - que é sobretudo revelada no dia de Kipur - tem o poder de trazer uma real mudança na natureza do mal, transformando-o em um meio de expressar a Divindade.

Amor ou Temor a D'us

Muitas das práticas religiosas do Povo Judeu são reflexo dos serviços e rituais que eram executados no Beit HaMikdash. Assim como havia dois tipos de serviço envolvendo oferendas de incenso - um em Yom Kipur e outro durante o restante do ano - também há duas formas de Teshuvá - o retorno a D'us. O primeiro tipo é motivado por temor a Ele, ao passo que o segundo é motivado pelo amor a D'us.

Um retorno a D'us motivado pelo temor envolve autonegação e autoprivação. A pessoa que se arrependeu pode ainda sentir-se presa da tentação que a levou a pecar. Em seu processo de retorno a D'us essa pessoa se empenha em vencer seus desejos - e o faz atuando contra sua própria vontade e seus impulsos. Em geral, este processo de Teshuvá é auto-orientado, pois constitui uma forma de autopreservação: a pessoa retorna a D'us porque teme o Seu castigo ou as conseqüências negativas de suas más ações.

Pelo contrário, aquele que retorna a D'us por amor embarca em um processo de transformação - ele muda e redefine sua própria identidade. Seus desejos, seus pensamentos, seus empenhos, tudo muda de direção. Ao invés de se concentrar em si próprio - nem que seja em sua própria autopreservação física e espiritual - ele investe seus esforços em ficar mais próximo a D'us e em atender a Sua Vontade. Aquele que verdadeiramente retorna por amor está preocupado com D'us, não consigo próprio. Os efeitos e as conseqüências espirituais dessas duas formas de Teshuvá diferem grandemente.

O Talmud ensina que quando a pessoa retorna a D'us por temor, seus pecados intencionais são transformados em transgressões acidentais; mas aquele que retorna por amor, esse tem seus pecados transformados em méritos. Claramente, a Teshuvá oriunda do amor em muito supera a que é provocada pelo temor. Aquele que retorna pelo amor usa sua paixão e seu entusiasmo, os mesmos que outrora o compeliam ao pecado, para o desempenho de boas ações.

Seus pecados passados servem-lhe de ímpeto que o impelem a grandes alturas espirituais e a grandes realizações - coisa que jamais faria não tivesse ele pecado, a priori. As forças do mal que nele existiam sofrem uma metamorfose: a escuridão se transforma em luz. Isto evoca uma reação correspondente das Alturas: seus pecados também sofrem uma metamorfose e se transformam em méritos. Por outro lado, quem retorna a D'us por temor simplesmente deixa de pecar; essa pessoa se desligou de seu passado, mas não faz uso de suas falhas para realizar atos notáveis. Esta forma de Teshuvá nega e subjuga o mal que reside na pessoa, mas não o destrói permanentemente nem o transforma levando a pessoa a atitudes positivas. Dentro de seu coração, ela ainda deseja o proibido; mas nesse momento tem como resistir a isso. Por isso, os Céus lhe respondem na mesma moeda: retêm as consequências de seus pecados, mas não os elimina, e certamente não os transforma em méritos.

Evocando um ano de bênçãos

Em algum momento de sua vida, o judeu vivencia algum tipo de arrependimento; ele sente a compulsão de retornar a D'us e de abraçar o judaísmo. No entanto, durante a maior parte do ano, o ímpeto que o impele à Teshuvá é o temor. Ele teme as conseqüências de seus maus atos - preocupa-se com a retribuição Divina, com o seu estado d'alma, com seu legado espiritual neste mundo ou com o que o espera no Mundo Vindouro. Em Yom Kipur, no entanto, o judeu é mobilizado de uma forma mais profunda: sente o anseio de retornar a D'us e d'Ele se aproximar. No dia mais sagrado do ano, a alma judia sente que D'us está mais receptivo a suas preces e a seu arrependimento, esperando e aguardando que cada um de nós se achegue mais a Ele. Esta sensação, que nos toca e nos compele a buscar a D'us, é uma expressão do retorno que provém do amor.

O judeu que no Yom Kipur verdadeiramente derrama seu coração perante D'us, consegue se remeter ao Cohen Gadol quando este oferecia o incenso no Santíssimo. Esse é o momento quando pode ocorrer uma transformação espiritual - quando a pessoa recebe a oportunidade de iniciar um novo capítulo em sua vida e de transformar a escuridão que nela reside em luz. Quando um judeu retorna a seu Pai Celestial com amor e não apenas com preces nos lábios, mas com o mais íntimo de seu coração, suas palavras causam uma forte impressão nas Alturas Celestiais; e se essa pessoa se arrepende porque dentro dela sente queimar o seu amor pelo Divino Criador, seus pecados passados são transformados em méritos.

Nos dias em que existia o Templo Sagrado, quando o Cohen Gadol terminava seu longo e sagrado serviço de Yom Kipur, ele oferecia uma oração curta, que evocava um ano bom e abençoado para ele próprio, sua tribo e para todos os judeus, mundo afora, tanto material quanto espiritualmente.

Isto, também, deve ser parte do serviço de cada um de nós, judeus, no Dia do Perdão. Nós, também, através de nosso jejum e nosso arrependimento, e através de nossas orações do mais profundo de nosso ser, devemos procurar evocar as bênçãos de D'us não apenas sobre nossos entes queridos e sobre nós mesmos - mas sobre todos os judeus e sobre toda a humanidade. Em Yom Kipur, cada um de nós, judeus, é um Cohen Gadol ofertando incenso no Kodesh HaKodashim, o local onde nem mesmo os anjos entravam.

É o dia em que o judeu se defronta com D'us e, assim sendo, tem o poder de fazer despertar grande compaixão Divina - sobre todo o Povo Judeu e mesmo sobre todo o mundo - para que o ano seja bom e doce, espiritual e materialmente.

Que neste Yom Kipur possamos todos ser inscritos para um ano bom e doce e que este ano inclua a maior das bênçãos - a chegada do dia em que o terceiro Templo Sagrado será reconstruído e os Cohanim, liderados pelo Cohen Gadol, retomarão seu serviço no Santuário.

Bibliografia:

Schneerson, Rabi Menachem Mendel - Likkutei Sichos, Vol. XIV, Parshas Vayeilech 
Tauber, Rabi Yanki, Transforming Evil - www.chabad.org 
The Stone Chumash - Artscroll Mesorah 
Talmud Bavli (Yoma) - Schottenstein Edition - Artscroll Mesorah