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setembro 2017
Ed. 97

Carta do leitor

ANO XXIV
N. 97
setembro 2017
CARTA AO LEITOR: ANO XXIV N.97 setembro 2017

Yom Kipur, a data mais conhecida do ano judaico, é um dia único no calendário de nosso povo. É um dia que reúne os judeus e, até aqueles que não costumam frequentar as sinagogas ao longo do ano, fazem questão de estar presentes nas orações desse dia.

O motivo para esse comparecimento maciço às sinagogas em Yom Kipur é que esta data constitui uma oportunidade única para expiarmos nossos erros e transgressões.

Além dessa, há outra razão para Yom Kipur ser o ponto alto do calendário judaico: esse dia é, como ensina o Talmud, a data em que celebramos a eternidade de nossa Torá e de nosso pacto com D’us.

Entretanto a festividade associada ao recebimento da Torá é Shavuot, no 6o e 7º dias do mês de Sivan, data em que o Todo Poderoso se revelou ao povo judeu todo, no Monte Sinai, e pronunciou os Dez Mandamentos – Asseret HaDibrot.

Seguiu-se à Revelação Divina a subida de Moshé ao Monte Sinai para receber a Torá. Ele lá permaneceu 40 dias e 40 noites aprendendo o seu conteúdo diretamente de D’us. Ao retornar ao acampamento dos judeus, em 17 do mês de Tamuz, deparou-se com parte do povo adorando um bezerro de ouro. Quebra, então, as Tábuas do Testemunho sobre as quais D’us havia gravado os Dez Mandamentos.

O ato de quebrar as Tábuas significou que o futuro do Povo Judeu e da Torá estavam ameaçados. Para obter o perdão Divino, Moshé sobe o Monte Sinai ainda duas outras vezes. Em cada uma destas, passa 40 dias e 40 noites implorando a D’us ao ponto de colocar sua vida em jogo, para forçar o Todo Poderoso a perdoar Seu povo. Até que, em 10 de Tishrei, Moshé retornou ao acampamento com outro conjunto de Tábuas do Testemunho – uma indicação do perdão de D’us ao Povo Judeu e de que Ele havia renovado Sua aliança conosco.

Como explica Rashi, comentarista clássico da Torá, esta foi a razão para que Yom Kipur fosse permanentemente designado de Dia do Perdão. Interessante notar que o primeiro conjunto de Tábuas da Torá, associados à festa de Shavuot, foi quebrado, mas o segundo, recebido em Yom Kipur, permaneceu intacto. A festa de Shavuot celebra o recebimento da Torá, enquanto Yom Kipur simboliza sua eternidade, a do Povo Judeu, bem como nosso vínculo com o Todo Poderoso.

Há, ainda, outro evento histórico significativo associado a Yom Kipur: a construção do Templo Sagrado de Jerusalém – Morada Divina na Terra – um símbolo da iminência Divina no mundo. A inauguração do primeiro Beit HaMikdash, construído pelo Rei Salomão, filho do Rei David, ocorreu nos sete dias que precedem a festa de Sucot, entre os quais se inclui o dia de Yom Kipur.

Na verdade, há inúmeras razões para que Yom Kipur, apesar de ser um dia de jejum, confissão de pecados e introspecção, seja o dia mais feliz do calendário judaico. Nossos Sábios nos ensinam que o ser humano precisa diariamente se arrepender de seu comportamento e suas transgressões. Yom Kipur é o dia mais auspicioso para fazê-lo porque sendo o dia em que D’us nos perdoou pelo terrível pecado do bezerro de ouro, podemos ter certeza de que o poder do perdão Divino desse dia é ilimitado: isto nos dá a esperança de que por mais que tenhamos nos afastado do Divino, podemos sempre retornar a Ele. Yom Kipur oferece-nos uma oportunidade única de começar de novo: virar a página e nos libertar das falhas e dos pecados que cometemos contra D’us.

Os judeus acorrem às sinagogas em Yom Kipur porque esse dia mágico e místico toca o íntimo de nossa alma.

O tema e os eventos históricos que o dia faz recordar – o Perdão Divino, a eternidade da Torá e a construção do Templo Sagrado, entre outros – reverberam na consciência coletiva do Povo Judeu.

Yom Kipur é o dia em que, metaforicamente falando, D’us estende Sua Mão sobre nós e nos convida a fortalecer o vínculo eterno que nos une a Ele. Que neste Yom Kipur possamos todos ser inscritos e selados para um ano bom e doce com muita paz, saúde e alegrias.

Shaná Tová Umetuká!

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