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junho 2019
Ed. 104

Carta do leitor

ANO XXVI
N. 104
junho 2019
CARTA AO LEITOR: ANO XXVI N.104 junho 2019

Referindo-se a Yom Yerushalaim – dia que celebra a reunificação de Jerusalém, ocorrida durante a Guerra dos Seis Dias –, o Rabino Lord Jonathan Sacks escreveu que a cidade constitui “o coração pulsante da Fé Judaica”. No misticismo judaico, Jerusalém simboliza a própria Presença Divina. A mais sagrada de todas as cidades é o ponto onde o Infinito e o finito se encontram: onde o “filamento de prata” da influência Divina toca toda a obra da Criação.

Quando um judeu reza, deve estar sempre voltado em direção à Jerusalém. Segundo a Cabalá, a razão para tal é que todas as preces “viajam” a Jerusalém, especificamente ao local onde se erguia o Templo Sagrado, e de lá ascendem aos Céus. Jerusalém é o coração pulsante tanto da fé quanto da pátria judaica. Na ausência de Jerusalém, a Terra de Israel seria como um corpo desprovido de alma. Não fosse pela Cidade Sagrada e o sonho de a ela retornar, o coração da fé judaica teria parado de bater há milênios.

Para nós, judeus, Jerusalém sempre constituiu uma história de amor. O grande poeta espanhol, Yehuda HaLevy, intitulou-a de “a plenitude da beleza”, afirmando que todas as perfeições concebíveis nela se encontram. A prece do Rabi Shlomo Alkavetz, Lechá Dodi, cantada em todas as sinagogas do mundo para receber o Shabat, expressa nosso mais profundo anseio por Jerusalém. Essa canção de amor compara a Cidade Santa a uma noiva, ornada com finos adornos,
à espera do regresso de seu amado - que não é outro senão o Povo Judeu. Quando um de nós chega a Jerusalém, deve sentir-se chegando em casa, a seu legítimo lar, à Pátria que há milênios anseia por seus filhos.

Desde sua fundação pelo Rei David, como capital de seu reino, Jerusalém foi o lugar mais próximo do coração de qualquer judeu. Desde a queda do Templo Sagrado, a cidade foi conquistada inúmeras vezes, mas nação alguma, a não ser a Nação Judaica, fez dela a sua Capital.  Há milênios, mencionamos Jerusalém várias vezes ao dia, em nossas orações, lembrando-a tanto nas ocasiões judaicas mais felizes como nas mais tristes.

Elie Wiesel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, disse certa vez que Jerusalém conecta as pessoas entre si de maneira misteriosa e inexplicável. “Quando um judeu visita Jerusalém pela primeira vez, não é a primeira vez”, afirmou, “é um regresso à casa”. Tendo vivenciado e testemunhado tanto o Holocausto quanto a reunificação de Jerusalém, ele descreve o dia em que Israel libertou a Cidade na Guerra dos Seis Dias: “Uma força elementar, bizarra, de repente tomou posse de todos os judeus – rabinos e comerciantes, meninos da yeshivá e kibutznikes, oficiais e crianças, céticos e artistas – todos tinham esquecido todo o restante. Todos eles queriam estar no Kotel Hamaaravi, beijar as pedras, proclamar orações ou lembranças. Todos eles sabiam que naquele dia histórico, naquela semana, o lugar de todo judeu era o Monte do Templo. Tive o privilégio de fazer essa caminhada com eles. Nunca corri com tal ímpeto. Eu raramente disse “Amém” com tanta dedicação quanto naquele momento em que os paraquedistas, em sua exaltação, rezavam a oração de Minchá.

“Naquele momento, um judeu idoso – que a mim pareceu um personagem saído de um de meus romances - comentou comigo: ‘Você sabe por que e como derrotamos o inimigo e libertamos Jerusalém? Porque seis milhões de almas participaram da nossa batalha’.

“Então realmente vi o que a olho nu não se vê: almas em chamas flutuando bem acima de nós, orando ao Criador para protegê-los e a todos nós...”

Durante 2000 anos, nosso povo ansiou por voltar a Jerusalém. Oramos e choramos e sonhamos. Nunca uma nação chorou e sonhou tanto para que D’us atendesse seu pedido. As lágrimas derramadas e as orações recitadas ao longo de dois milênios não foram em vão. As orações foram atendidas e o sonho, realizado.

E nossa geração tem o privilégio de estar vivendo esse sonho.

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