Rosh Hashaná, literalmente, a “cabeça do ano”, é o início de um novo ano. É a oportunidade de cada pessoa de começar sua vida de novo. Certamente, a cada dia – ou mesmo, a qualquer momento em nossa vida – podemos optar por tomar diferentes caminhos na vida – melhorar o que é preciso – mas Rosh Hashaná é o momento mais auspicioso do ano para fazê-lo. Trata-se de um novo começo. Um novo ano representa novas possibilidades.
A Haftará lida no primeiro dia de Rosh Hashaná conta a história de Hanna. Trata-se da história de uma mulher estéril, que se tornou um dos modelos históricos do fervor da oração. Em resposta à sua súplica, do fundo do coração, D’us a fez mãe de Shmuel, o maior dos Juízes, um profeta comparado a Moshé e Aaron.
Em Rosh Hashaná, como em toda festa judaica, é lida, após a leitura da Torá, a Haftará – um trecho de um dos Livros dos Profetas. A Haftará trata de um tema relevante ao dia festivo e transmite uma mensagem do eterno para todo o povo judeu em toda geração.
Rosh Hashaná é definido no Talmud como “Zê HaYom Techilat Ma’asecha, Zikaron LeYom Rishon”. A tradução literal dessas palavras é: “Este dia, que foi o início da Tua obra, é a recordação do primeiro dia”.
Shimon, o Justo, um dos últimos participantes da Grande Assembleia, afirmava: “Sobre três coisas se sustenta o mundo: o estudo da Torá, o serviço Divino e os atos de bondade”. (Pirkei Avot).
O ano em que estamos prestes a adentrar, 5770 - alude a paz, pois forma o acróstico das palavras Hashaná Tehê Shalom Alenu - Que neste ano haja paz sobre nós.
Ocupados com nosso cotidiano, tendemos a ficar indiferentes aos verdadeiros objetivos de nossa vida, como que imersos em sono profundo. Eis que, repentinamente, um som penetrante se eleva da terra e reverbera, em sua magnitude, pelos céus. É o chamado do shofar, um dos instrumentos mais capazes de nos despertar, motivar ao arrependimento e fazer lembrar que nunca é tarde para recomeçar.