O ano de 2017 assinalará o 120o aniversário da realização do Primeiro Congresso Sionista Mundial, ocorrido a partir do dia 25 de agosto de 1897 na cidade de Basileia, Suíça. Este evento, um dos mais impactantes na vida judaica em todos os tempos, deveu-se à visão, talento, audácia e perseverança de um jovem, então com 37 anos, húngaro de nascimento e vienense de formação, chamado Theodor Herzl.

Se ele não tivesse morrido tão moço, em 1904, apenas sete anos depois do formidável êxito do Congresso, seria viável que viesse a presenciar em Tel Aviv, aos 88 anos de idade, a concretização de seu ideal: o renascimento da pátria judaica em sua terra ancestral.

A pequena cidade de Ischl é uma estância mineral e turística localizada no distrito de Gmuden, na Áustria. Ali Theodor pretendia repousar por algum tempo e ganhar forças para comandar o Congresso Sionista que teria início dentro de poucos dias. Entretanto, em vez de descansar, aborreceu-se por causa das cartas que havia trocado com sua mulher, Julie, que se recusava a acompanhá-lo na viagem à Suíça. Ela dizia que se havia casado com um rapaz elegante e mundano, escritor e intelectual, e não com o líder de uma causa étnica cujo desfecho nem ele mesmo conhecia. Sentindo-se profundamente solitário, Theodor Herzl embarcou num trem rumo à Basileia. Durante a viagem com certeza lembrou-se dos violentos ataques sofridos por parte dos antissionistas e que inclusive se avolumaram quando foi anunciada a realização do Primeiro Congresso. Diziam que jamais, em dois mil anos, os judeus se haviam reunido numa assembleia de tal natureza e a partir da qual a vida judaica perderia estabilidade em toda a diáspora. Os adversários do sionismo consideravam o nascente movimento uma utopia e uma loucura. Dois dias depois de desembarcar na Basileia, Herzl fez a seguinte anotação em seu Diário, que tinha começado a escrever em Paris, dois anos antes.

Basileia, 27 de agosto.

Dias de Congresso! Quando aqui cheguei, anteontem, fui direto para o escritório que a prefeitura da cidade colocou à nossa disposição. Era a loja vazia de um alfaiate e mandei cobrir o letreiro na porta para evitar possíveis piadas de mau gosto. Fui comer no restaurante Braunschweig onde a comida é bem ruim. Os trens trazem delegados vindos de todas as partes, salpicados de carvão por causa de suas longas jornadas, a maioria com boas intenções, poucos com más.

Em seguida, Herzl foi inspecionar o local reservado para o Congresso. As pessoas que o haviam precedido, encarregados dos preparativos do Congresso, tinham reservado um salão localizado num primeiro andar, em cima de uma cervejaria, transformado em academia de ginástica. Herzl ficou furioso. No seu entender, um evento da magnitude que pretendia, tinha, antes de tudo, que se destacar pela imponência.

Assim, conseguiu alugar o belo salão principal do Cassino Municipal da Basileia. Ancorado em seu senso performático, apaixonado que era pelo teatro, mandou forrar o chão com um tapete verde e erguer um elevado, coberto por um feltro da mesma cor, no qual seria colocada a mesa principal do conclave. Seu companheiro de jornada desde os primórdios do movimento sionista, David Wolfsohn, ponderou-lhe que na entrada do recinto deveria haver uma bandeira. Sugeriu um ponto de partida: “Algo semelhante aos nossos talitim (xales de oração) com fundo branco e listras na cor azul às quais poderemos acrescentar uma Estrela de David”.  Assim nasceu o esboço da futura bandeira do estado judaico.

Aos poucos, os delegados começaram a desembarcar na estação de trem da Basileia, muitos cobertos por fagulhas de carvão, porque aquele ainda era o tempo das marias-fumaças e eles tinham viajado com as janelas abertas da segunda-classe. Os mais abastados usufruíam do conforto das cabines fechadas. Eram 208 delegados, a maioria homens, vindos de 16 países. Eles ficaram surpresos com a primeira recomendação de Herzl: todos deveriam comparecer às sessões com traje escuro, de preferência fraque, camisa e gravata branca, de preferência do tipo borboleta, tudo coroado por uma cartola. Claro que a maioria dos delegados não tinha recursos para tanto capricho, mas assim mesmo houve uma correria em busca das lojas de aluguel de roupas na cidade para a alegria dos comerciantes locais. Nas vésperas da abertura do Congresso, as ruas estreitas da Basileia continham uma ruidosa e inusitada paisagem humana: jovens estudantes de Kiev, Estocolmo, Montpellier, Berlim, Viena e muitas outras localidades; rabinos sisudos dedicados aos estudos bíblicos e talmúdicos com seus trajes característicos; judeus seculares vestidos de acordo com a última moda ocidental; ricos homens de negócios da Romênia e da Hungria; professores universitários de Heidelberg e de Sofia; editores de jornais em iídiche de Varsóvia, Cracóvia e Odessa; médicos, advogados e engenheiros ao lado de pequenos lojistas do leste europeu; um grupo seleto de advogados vienenses e dezenas de jornalistas de publicações judaicas do mundo inteiro que faziam do sionismo uma devoção sagrada. Dentre todos avultava a figura do filósofo Max Nordau, com sua vasta cabeleira grisalha, o único judeu de verdadeira fama internacional.

Em meio àquele caleidoscópio humano, Theodor Herzl era o único que tinha um claro objetivo traçado em sua mente. Com o maior empenho e boa vontade, os delegados discutiam e se impregnavam de ideias. Herzl focava exclusivamente o poder. Ele estava convencido de que tudo dependia dele e que ele deveria assumir a responsabilidade por tudo. Antes ainda do início dos trabalhos do Congresso, entrou em contato com as autoridades suíças, perante as quais compareceu com postura impecável, como se fosse um consagrado estadista. Seguindo o mesmo modo de agir, qualquer delegado que quisesse falar-lhe pessoalmente deveria agendar uma audiência com hora marcada. Certa tarde, Herzl recebeu um grupo de rabinos que saíram radiantes e sorridentes da dita audiência. Um de seus auxiliares ficou surpreso com aquela cena inesperada e indagou a um dos rabinos: “O que aconteceu? Ele por acaso prometeu que de hoje em diante só vai comer casher e que vai respeitar o Shabat?” O rabino respondeu: “Nada disso, muito pelo contrário. Se ele nos tivesse dito que, de súbito, se havia tornado um judeu observante, nós temeríamos que ele poderia querer se apresentar e se impor como um Messias”. Mas, tais momentos de descontração eram raros. Herzl fazia questão de adotar desde a manhã até a noite um comportamento solene.

A verdade é que ele estava preocupado com o impacto que o Congresso poderia causar junto aos judeus religiosos porque o sionismo era, até então, um movimento de caráter estritamente secular. Foi no sentido de demonstrar sua abrangência de comprometimento que decidiu comparecer à sinagoga da Basileia, no sábado pela manhã, véspera da abertura dos trabalhos do Congresso. Durante o serviço foi chamado para recitar um trecho da Torá. (Depois confidenciou a um amigo que ficou mais nervoso do que por ocasião de todos os discursos que havia pronunciado na vida). Contudo, saiu-se bem, sem cometer um só erro. No mesmo dia, esclareceu aos delegados que os fraques e cartolas só seriam obrigatórios no primeiro dia. Depois poderiam comparecer com ternos escuros. Max Nordau ficou uma fera. Disse que não aceitava aquilo de jeito nenhum porque se tratava de uma das “mentiras da civilização” contra as quais ele sempre se insurgira. Mas, depois de discutir com Herzl, acabou concordando em vestir o controvertido fraque. Isto porque Herzl o convenceu com o seguinte argumento: “Eu tenho esse Congresso desenhado na minha cabeça assim como um empresário de teatro antecipa um espetáculo. Quero tudo muito solene e muito formal, não por causa da importância que o mundo exterior possa nos dar, mas para que os delegados deem importância a si mesmos”.

Era enorme a expectativa na manhã de domingo, dia 25 de agosto. O salão estava arrumado conforme as instruções de Herzl: ao fundo, sobre uma plataforma, a mesa da presidência; do lado direito, mesas para as estenógrafas; do lado esquerdo, mesas para a imprensa. A curiosidade na cidade era tão grande que centenas de cidadãos suíços superlotaram o salão do Cassino Municipal, obrigando a colocação de cadeiras extras.  Faziam questão de assistir a um acontecimento que lhes era tão bizarro quanto inusitado: um pomposo congresso só de judeus.

O século 19 jamais havia presenciado algo parecido. Os trabalhos foram abertos pelo Dr. Karl Lippe, da Romênia, veterano líder do movimento Hovevei Sion (Amantes de Sion), que havia sido criado antes ainda que Herzl tivesse escrito O Estado Judeu e dado início ao movimento sionista. Ele falou por trinta minutos, contrariando o regulamento que destinava apenas dez minutos a cada orador. Herzl ficou irritado e estava pronto para interrompê-lo quando Lippe começou a recitar em hebraico a prece do Shehecheianu: “Bendito Sejas Tu, Ad’nai, Rei do Universo, que nos deste vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até este dia”. Um frêmito de emoção inundou todo o salão. Em seguida, Lippe pegou o martelo presidencial e o estendeu na direção de Herzl, que havia sido eleito presidente do Congresso por aclamação, dizendo: “Tudo o que precisamos, é de uma pátria”.

Os delegados o aplaudiram de pé e ficaram batendo palmas por incríveis quinze minutos, impedindo que Herzl, ao centro da mesa e de posse do martelo, pudesse iniciar seu discurso. Finalmente, conseguiu falar: “Nós estamos aqui colocando a pedra fundamental de uma construção que no futuro há de abrigar a nação judaica. É uma tarefa tão grandiosa que a ela não devemos nos referir com termos comuns. Nos dias de hoje, com tantos progressos em tantos respeitos, constatamos que continuamos assolados pelo velho ódio. O antissemitismo primeiro causou aos judeus do nosso tempo uma impressão de espanto. O espanto deu lugar à dor e ao ressentimento. Talvez os nossos inimigos nem saibam de que forma tão profunda feriram as nossas sensibilidades. Desde tempos imemoriais o mundo tem sido mal informado a nosso respeito. O antissemitismo sempre nos fortaleceu. O sionismo é o retorno ao judaísmo, antes mesmo do nosso retorno à pátria judaica”.

Em seguida, a palavra coube a Max Nordau. “Aqueles que nos odeiam, não nos vêm na condição de seres humanos. Nos odeiam porque têm ódio aos judeus. Os países que emanciparam os judeus acabaram se arrependendo e voltaram às velhas práticas. A única exceção é a Inglaterra, onde os postulados em papel se tornaram efetivos na vida real. Mas, quantos judeus vivem na Inglaterra? Se amanhã milhares de judeus do leste europeu emigrarem para a Inglaterra, não tenho dúvida de que esta se comportará como a França e a Alemanha se comportam hoje em dia”. Quando concluiu, Herzl o abraçou e disse em latim, na maior sofisticação: “Momentum aere perenius, um monumento mais sólido do que o bronze!” No dia seguinte, tornou a escrever em seu Diário.

Basileia, 30 de agosto

Não preciso contar a história de ontem. Já está sendo escrita por outros. Eu estava calmo e anotei os mínimos pormenores ocorridos ontem. Agora tenho que interromper para comparecer a uma sessão durante a qual não anotarei os detalhes até que embarque no trem que me conduzirá de volta. Max Nordau está de mau humor porque na conferência preliminar não foi eleito presidente. Mas, aos poucos, consegui animá-lo. Fiquei mobilizado quando fui aclamado para a presidência e ocupei meu lugar na mesa presidencial. Mandei cartões postais do Congresso para meus pais, minha mulher, e para cada um de meus filhos, Pauline, Hans e Trude. Talvez essa tenha sido a minha única infantilidade desde que o movimento teve início, há dois anos.

No segundo dia dos trabalhos, Herzl preocupou-se em dividir os delegados em diferentes comissões que tratariam dos temas mais diversificados. Seguia, assim, os procedimentos que tinha acompanhado durante bastante tempo no parlamento da França quando ali atuara como correspondente do jornal austríaco Neue Freie Presse. (Ficou muito desgostoso pelo fato de a Presse não ter enviado um jornalista para fazer a cobertura do Primeiro Congresso Sionista Mundial). Minucioso como sempre, acompanhou de perto os trabalhos de todas as comissões: “Parecia que eu estava disputando uma simultânea de xadrez com 32 oponentes”. Antes ainda que as comissões concluíssem suas tarefas, Max Nordau foi incumbido de redigir um documento que se tornou conhecido como o Programa da Basileia. Alguns delegados julgavam que o referido texto deveria ser assertivo e até mesmo formular algumas exigências junto às grandes potências da época. Outros preferiam uma declaração mais diplomática e envolvente. Nordau optou pela segunda corrente, circunscrevendo-se a um tom moderado. Num dos parágrafos, por exemplo, escreveu: “O objetivo do sionismo é criar um lar para o povo judeu na Palestina, assegurado pela lei pública”. De propósito não havia escrito Lar Nacional porque a Palestina pertencia ao império turco e seu Sultão poderia interpretar o sionismo como um movimento subversivo. Houve quem mencionasse que, em vez de lei pública, o mais correto seria fixar o conceito de lei internacional. Herzl contra-argumentou dizendo que a expressão lei internacional poderia dar ao Sultão a impressão de que o sionismo visava ao desmembramento do império otomano. Ao que Nordau acrescentou: “Os judeus que lerem nosso Programa vão entender muito bem o que estamos dizendo”. Os relatórios apresentados pelas comissões surpreenderam Herzl por suas visões realistas e factíveis. Os delegados haviam concordado que deveria haver um fluxo de trabalhadores agrícolas e de trabalhadores de um modo geral para a Palestina; que o movimento sionista deveria estender-se em forma de organizações formais no maior número possível de países e sempre respeitando as leis de cada um deles; que houvesse grande empenho para incutir nos judeus de todo o mundo consciência e sentimento de caráter nacionais; que os mais diferentes governos do mundo reconhecessem os objetivos do sionismo. (Para Herzl este era um ponto fundamental porque somente através dele poderia continuar atuando em nível diplomático conforme já vinha fazendo no decorrer dos últimos dois anos, ou seja, desde a publicação de seu livro, O Estado Judeu, que tinha incendiado as massas judaicas).

Encerrado o Primeiro Congresso, Theodor Herzl embarcou rumo a Viena e ali escreveu um texto extraordinário em seu Diário.

Viena, 3 de setembro.

Na Basileia e no percurso para casa, eu estava muito exausto para fazer anotações embora elas sejam mais necessárias do que nunca e porque outras pessoas decerto já fizeram registros de que o nosso movimento ingressou na corrente da história. Se eu tiver que resumir em uma palavra - da qual eu vou me restringir de pronunciá-la em público - é a seguinte: na Basileia eu fundei o Estado Judeu. Se eu disser isso hoje em voz alta, serei alvo de uma gargalhada universal. Talvez em cinco anos, e certamente em cinquenta, o mundo inteiro tomará conhecimento disso. Porque a fundação de um estado depende da vontade do povo de ter um estado. Na Basileia, portanto, eu gradualmente me empenhei para que as pessoas absorvessem a vontade de ter um estado e fiz com que sentissem que estavam numa assembleia nacional.

Tal como Herzl pretendia, as grandes potências não ficaram indiferentes ao Primeiro Congresso Sionista Mundial. A legação da Áustria em Berna mandou um relatório para Viena dizendo que a intenção de ser criado um estado judaico na Palestina tinha como origem a ação de um grupo de socialistas radicais da Alemanha. O cônsul da França na Basileia mandou para Paris uma mensagem irônica segundo a qual os judeus tinham enlouquecido com a perspectiva de recriar o reino de Sion e acrescentou: “Claro que não vão conseguir o que imaginam porque o sionismo não passa de uma invenção des juifs du journalisme”. A legação alemã em Berna foi a que deu maior importância e produziu para Berlim o mais longo relatório sobre o Congresso. Quando o recebeu, o Kaiser escreveu na margem da página: “Estou inteiramente de acordo com que esses judeuzinhos sigam para a Palestina. Quanto antes forem, melhor. Não colocarei qualquer obstáculo no seu caminho”. De qualquer maneira, e a despeito das animosidades, uma simples conta revela o insondável dom profético de Theodor Herzl: o que ele anotou no Diário em 1897 tornou-se realidade em 1947, ou seja, exatamente 50 anos depois do que escrevera no seu Diário e guardara para si mesmo.

No dia 29 de novembro daquele ano, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o plano de partilha da antiga Palestina, dando origem à criação do Estado de Israel. A par disso, é necessário destacar que a inigualável trajetória pública de Theodor Herzl teve a duração de apenas nove anos, desde a publicação de O Estado Judeu até sua morte precoce, aos 44 anos de idade. Em termos da ação de um estadista, mesmo sem ter tido um estado, esse tempo corresponde a um ínfimo grão no curso da história. Para citar somente um exemplo recente, a carreira política de Shimon Peres, outro admirável judeu, se estendeu por 70 anos.

De tudo que li, pesquisei e refleti sobre este Primeiro Congresso, há duas passagens que me tocam de forma muito intensa. A primeira foi quando Herzl caminhou entre os assentos dos delegados, rumo à mesa da presidência, e ouviu-se uma voz forte que ecoou no salão: “Temos um rei!”. A segunda tem como foco o encerramento do Congresso. Herzl assumiu a palavra e pediu desculpas por algum deslize que pudesse ter cometido no decorrer do andamento dos trabalhos, acrescentando: “De qualquer forma, alcançamos algo muito importante”. Em seguida os delegados lhe dedicaram um voto de louvor e Herzl proclamou: “Está encerrado o Primeiro Congresso Sionista Mundial!”. Mas mal foi possível ouvir sua voz porque suas palavras foram sufocadas por estrondosos aplausos. O que aconteceu em seguida, o prestigiado jornal austríaco Die Welt admitiu que era impossível descrever com simples palavras. Durante longo tempo os homens se beijavam e se abraçavam enquanto as mulheres agitavam lenços brancos. Algumas pessoas começaram a cantar e outras a dançar em cima das mesas, até que todos exclamaram em uníssono: “No ano que vem em Jerusalém!”

Bibliografia
Elon, Amos, Herzl, editora Holt, Rinehart e Winston, EUA, 1975.
Chouraki, Andre, A Man Alone, The Life of Theodor Herzl, editora Ketter Books, Israel, 1970.
Herzl, Theodor, The Complete Diaries vol. 2, editoras Herzl Press e Thomas Yoseloff, Reino Unido, 1960.

Zevi Ghivelder é escritor e jornalista

PENSAMENTOS DE HERZL

“Se quiserem não será um sonho. E, se não quiserem, o sonho sempre será um sonho”.

“Vou expressar a minha definição de nação. No meu entender, uma nação é formada por um grupo de pessoas de reconhecível coesão, mantidas juntas por um inimigo comum. Se acrescentarem à minha definição a palavra judaica saberão o que significa uma nação judaica”.

“Sonho e realidade não são tão diferentes como se pensa. Todas as realizações humanas são alcançadas a partir de sonhos”.

“É verdade que pretendemos regressar para a nossa terra ancestral. Mas, o que pretendemos erguer nessa terra é o florescimento do espírito judaico”.

“Durante muitos anos, cada vez que alguém se referia a uma nação judaica, era tido como ridículo. Hoje é ridículo quem nega a existência dessa nação”.

“Uma colonização filantrópica está destinada ao fracasso. Uma colonização nacional será um sucesso”.

“Como regra, as pessoas realistas são aquelas que são escravas de suas rotinas e que não conseguem transcender o círculo de suas antiquadas noções”.

“Quem quiser mudar os homens, também tem que mudar sua condição de vida”.

“O sionismo pretende implantar um lar seguro e reconhecido para o povo judeu na Palestina. Esta plataforma é inamovível”.

 “Reconheço que o antissemitismo é uma questão complexa. Como judeu, encaro-o sem ódio e sem medo. O antissemitismo é rude em sua zombaria, vulgar em seu ciúme e hereditário em seu preconceito”.