No início deste ano, o Museu de Arte e História do Judaísmo, em Paris, inaugurou a belíssima exposição “Magia, Anjos e demônios na Tradição Judaica”. De imediato, chamou nossa atenção, pois o termo “magia” destoa quando aplicado ao mundo judaico. Fundamentado na Torá, no Talmud e em rico pensamento filosófico, o judaísmo é o arquétipo da religião racional, no entanto, é também entrelaçado de um profundo misticismo.
Kassel abrigou durante séculos uma ativa comunidade judaica. Desde a Idade Média até os tempos modernos, os judeus alemães observaram uma vida intensa norteada pela religiosidade na Sinagoga “Untere Köenigsstrasse”. Através das gravuras de Wilhelm Thielmann, produzidas entre 1896-1899 e cedidas pelo artista José de Quadros, estudamos a presença judaica nesta cidade.
O humor judaico tem características próprias. Extremamente cerebral e verbal, não deprecia, não faz graça em cima de estereótipos preconceituosos e tampouco apela para piadas que não podem ser contadas na presença de menores.
Depois da 2ª Guerra, os Estados Unidos foram impregnados pelo macartismo, as perseguições dirigidas a dezenas de supostos comunistas que atuavam nos mais diversos segmentos da comunidade artística americana.
Uma notícia apareceu com destaque na mídia israelense nos últimos meses: a decisão do cantor Enrico Macias de emigrar da França para Israel. O ícone da música árabe-andaluz anunciou suas intenções em uma entrevista à emissora israelense Canal 2, dizendo que o crescente antissemitismo na Europa está por trás desta mudança.
Experimentar sons, tatear e sentir o gosto da obra artística ao limite, transbordar tensões e mergulhar nas sensações do mundo à sua volta, todas estas experiências fazem de Alexander Kazenbogen uma figura ímpar. Só um artista que se dispõe a abraçar a arte e respirá-la até seu último suspiro consegue aventurar-se por diversos sentimentos, mesmo que estes sejam momentos de extremo perigo e dor.